Motorista da Porsche: Justiça decide que réu vai a júri popular; entenda
Ainda não há data para o julgamento; Fernando Sastre de Andrade Filho dirigia em velocidade acima da permitida na Avenida Salim Farah Maluf quando bateu no carro de motorista de app, que morreu; defesa não foi localizada
A Justiça de São Paulo decidiu manter a prisão preventiva do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, e levá-lo a júri popular para que seja julgado pelo acidente que matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, e também feriu outra pessoa que estava com ele na Porsche. A defesa do empresário não foi localizada.
De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) informou nesta segunda-feira, 30, ainda não há data para ser realizado o julgamento.
Ainda conforme a determinação do juiz Roberto Zanichelli Cintra, o réu permanecerá detido. "Inexistindo qualquer fato novo capaz de afastar a decisão que decretou a prisão preventiva, razão pela qual deve o réu permanecer preso", acrescentou o documento.
A Polícia Técnico-Científica de São Paulo fez uma reprodução simulada em 3D do acidente. Câmeras de monitoramento de um posto de gasolina e da própria avenida auxiliaram a perícia na produção do vídeo, que apresenta a simulação do acidente em diferentes ângulos. Nas imagens, é possível ver Viana guiando o Sandero pela via, quando é atingido pelo motorista da Porsche, em alta velocidade.
A Polícia Civil concluiu inquérito em que acusou o motorista de homicídio doloso (intencional) qualificado e lesão corporal gravíssima. O motorista foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e aceita pelo TJSP. O processo tramita na 1.ª Vara do Júri, no Fórum da Barra Funda, zona oeste de São Paulo, sob o comando do juiz Cintra.
A primeira audiência relativa ao caso ocorreu na tarde de 28 de junho, quando 17 testemunhas prestaram depoimento - 10 de acusação e 7 de defesa. Uma das testemunhas afirmou que Andrade Filho ingeriu bebida alcoólica naquela noite.
Atualmente, o motorista está preso na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior paulista.
Procurados, os advogados de defesa do motorista da Porsche não foram localizados. O espaço permanece aberto para manifestação.