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Motorista que atropelou e matou ciclista Marina Harkot em 2020 é condenado a 13 anos; veja sentença

Júri popular de José Maria da Costa Júnior começou às 12h30 dessa quinta-feira, 23. Decisão saiu na madrugada desta sexta-feira, 24; réu poderá recorrer em liberdade; defesa não foi localizada

24 jan 2025 - 12h25
(atualizado às 12h59)
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O motorista José Maria da Costa Júnior foi julgado e condenado por homicídio pelo atropelamento e morte da ciclista Marina Harkot, na Avenida Paulo VI, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, no ano de 2020. No total, a pena é de 13 anos. Conforme o Tribunal de Justiça do Estado (TJSP), o réu poderá recorrer em liberdade. A defesa dele não foi localizada.

O júri popular de Costa Júnior começou às 12h30 dessa quinta-feira, 23, e a decisão saiu na madrugada desta sexta-feira, 24, em julgamento realizado no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste da capital, presidido pela juíza Isadora Botti Beraldo Moro.

"A pena foi fixada em 12 anos de reclusão, em regime inicial fechado, pelo crime de homicídio", disse o TJSP sobre a decisão. Por omissão de socorro e condução de veículo automotor com capacidade psicomotora alterada, a pena ficou em 1 ano de detenção e suspensão ou proibição do direito de obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor pelo prazo de cinco anos.

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) disse que recorreu visando a obter a prisão imediata do réu.

Para a Promotoria, o réu assumiu o risco de causar a morte da ofendida, sobretudo porque conduzia um veículo automotor embriagado, além de fazê-lo em velocidade absolutamente incompatível com a avenida na qual transitava.

"Necessário mencionar que o denunciado foi pilhado por radares instalados na via pública empreendendo a velocidade de 93 km/h, sendo que o máximo permitido é 50 km/h, onde se conclui que ele era, de fato, responsável por uma forma de condução extremamente audaciosa e irresponsável", afirmou o MPSP.

De acordo com os autos, o réu trafegava em alta velocidade pela Avenida Paulo VI, após ingerir bebida alcoólica, quando colidiu com a vítima, que estava na mesma via, de bicicleta, no dia 8 de novembro de 2020.

Após o acidente, o motorista fugiu sem prestar socorro. A jovem chegou a ser socorrida por médicos que passavam pelo local, mas não resistiu aos ferimentos. Marina era socióloga e estudava ciclomobilidade e questões de gênero.

A identificação do carro foi possível graças à policial testemunha, que anotou a placa do veículo. Depois, a polícia confirmou por meio de câmeras que aquele veículo circulava pela região no horário do ocorrido.

O Pedale como Marina é um movimento que reúne pessoas da sociedade civil, pesquisadores, ativistas, mãe, pai, parentes, amigos e amigas de Marina. Além de informações por meio do site, também há divulgações por redes sociais.

São abordados temas relacionados ao legado de Marina, ações para colocar em pauta a violência do trãnsito da cidade de São Paulo e outros locais do Brasil, além de notícias sobre o julgamento envolvendo a morte da ciclista.

"Foram longos quatro anos e três meses de luta por justiça e nós, família e amigos, só temos a agradecer pelo suporte e carinho da incrível rede que a Marina nos deixou. Não temos palavras para expressar a importância de cada pessoa que esteve junto. Muito obrigado! No momento, queríamos compartilhar a notícia com vocês. Voltaremos para falar melhor sobre o dia de hoje e os próximos", disse em publicação.

Estadão
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