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Movimento Passe Livre fará aula pública sobre tarifa zero hoje em São Paulo

27 jun 2013 - 10h23
(atualizado às 10h25)
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O Movimento Passe Livre (MPL) fará nesta quinta-feira uma aula pública sobre tarifa zero. O evento, organizado e divulgado pelo Facebook, será às 17h em frente à prefeitura de São Paulo, no centro. Em caso de chuva, a aula vai ocorrer embaixo do viaduto do Chá. 

<p><strong>22 de junho -</strong> Manifestantes fazem protesto em Belo Horizonte neste sábado e seguem em passeata rumo ao Mineirão</p>
22 de junho - Manifestantes fazem protesto em Belo Horizonte neste sábado e seguem em passeata rumo ao Mineirão
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra

Protestos por mudanças sociais levam milhares às ruas em todo o País
Protesto contra aumento das passagens toma as ruas do País; veja fotos

Na pauta, informações sobre o que é a tarifa zero e qual a sua relação com a luta contra o aumento e as mobilizações que tem ocorrido no País nas últimas semanas. "O local não poderia ser mais adequado: do lado de fora da prefeitura de São Paulo. Será que alguém desce de lá pra discutir tarifa zero com a gente?", ironiza o convite na rede social. 

O encontro será ministrado por Lúcio Gregori, considerado pelo MPL como idealizador do projeto tarifa zero, e Paulo Arantes. Gregori é engenheiro, músico e ex-secretário de Transportes da prefeitura no mandato da prefeita Luiza Erundina (1989-1992). Já Arantes é filósofo, escritor, pesquisador e professor aposentado do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP). 

Cenas de guerra nos protestos em SP
A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em cenários de guerra.

Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, prédios, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.

Veja a cronologia e mais detalhes sobre os protestos em SP

Mais de 250 pessoas foram presas durante as manifestações, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. A mobilização ganhou força a partir do dia 13 de junho, quando o protesto foi marcado pela repressão opressiva. Bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar na rua da Consolação deram início a uma sequência de atos violentos por parte das forças de segurança, que se espalharam pelo centro.

O cenário foi de caos: manifestantes e pessoas pegas de surpresa pelo protesto correndo para todos os lados tentando se proteger; motoristas e passageiros de ônibus inalando gás de pimenta sem ter como fugir em meio ao trânsito; e vários jornalistas, que cobriam o protesto, detidos, ameaçados ou agredidos.

As agressões da polícia repercutiram negativamente na imprensa e também nas redes sociais. Vítimas e testemunhas da ação violenta divulgaram relatos, fotografias e vídeos na internet. A mobilização ultrapassou as fronteiras do País e ganhou as ruas de várias cidades do mundo. Dezenas de manifestações foram organizadas em outros países em apoio aos protestos em São Paulo e repúdio à ação violenta da Polícia Militar. Eventos foram marcados pelas redes sociais em quase 30 cidades da Europa, Estados Unidos e América Latina.

As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011. Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40. No dia 19 de junho, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT) anunciaram a redução dos preços das passagens de ônibus, metrô e trens metropolitanos para R$ 3. O preço da integração também retornou para o valor de R$ 4,65 depois de ter sido reajustado para R$ 5.

Fonte: Terra
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