MPF quer mais controle sobre tráfego de helicópteros no Rio
O tráfego aéreo dos helicópteros que sobrevoam as praias da cidade do Rio de Janeiro, fazendo a chamada Rota Praia, poderá sofrer alterações para garantir maior segurança a moradores, trabalhadores, banhistas e tripulação. A recomendação para que o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), vinculado ao comando da Aeronáutica, revise as atuais normas e aumente a fiscalização foi solicitada nesta terça-feira (09) pelo Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF-RJ).
Na recomendação, o procurador da República Renato de Freitas Souza Machado pediu ao Decea que as aeronaves se afastem mais das faixas de areia das praias do Arpoador, Ipanema e Leblon e que a altura mínima de voo seja aumentada. O procurador cita a comunidade do Vidigal, onde os helicópteros fazem sobrevoos muito baixos, “expondo os moradores a risco de acidentes e a tripulação a possíveis ações de organizações criminosas que ainda habitam a comunidade, apesar da pacificação”.
O procurador lembrou uma diligência conjunta do Ministério Público Federal com a Força Aeronaval da Marinha, em março deste ano, quando verificou-se que o atual traçado de sobrevoo nas praias da Barra da Tijuca, Arpoador, Ipanema e do Leblon passa sobre a faixa de areia, próximo dos prédios localizados na orla.
Outro ponto destacado é sobre a altura mínima estabelecida para o tráfego, atualmente de 500 pés. Conforme o documento do MPF, isto "se mostrou inadequado, dado que, em caso de mau funcionamento das aeronaves, o mais correto seria a eventual queda ou pouso de emergência ocorrer no mar, evitando acidentes graves no solo".
Em resposta às recomendações, o Decea se comprometeu a viabilizar estudos e acatar as propostas tecnicamente viáveis.