Mulher da 'casa abandonada': polícia arromba imóvel e encontra proprietária

Na tarde desta terça-feira, dia 20, o casarão que ficou conhecido como “Casa Abandonada”, por causa de um podcast da Folha de S. Paulo, foi arrombando pela Polícia Civil que cumpria um mandato de busca e aprensão.

Informações preliminares apontam que a sua única moradora, Margarida Bonetti, estaria mantendo mais um animal em condições precárias dentro do edifício, além da suspeita de furto de energia, o que motivou a invasão. 

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Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo esclareceu o que motivou a ação na tarde de hoje. "Policiais civis do 4º Distrito Policial (Consolação) cumpriram um mandado de busca e apreensão para averiguação de crime de abandono de incapaz, na tarde desta quarta-feira (20), na Rua Piauí, no bairro Higienópolis, na região central da Capital. Diligências prosseguem visando ao esclarecimento dos fato", diz o comunicado. 

O delegado que conduziu a ação, Luís Carlos Zaparoli, descreveu o interior da casa em entrevista ao programa Brasil Urgente. "Cheiro dentro da casa é terrível, um local absolutamente insalubre. Pra entrar, a porta não abria porque tinha muito lixo, muito resíduo, muita coisa velha encostada na porta e espalhada pelo local", afirmou. 

"Ela só não queria que a gente entrasse de forma nenhuma. Ela estava delimitando a quantidade de policiais pra entrar, ela dificultou ao máximo, esperamos muito tempo. O que a gente quer verificar os outros cômodos, se existem mais animais, qual a condição de viver e sobreviver dsse imovel", explicou o delegado. 

Um engenheiro que entrou no imóvel afirmou que apesar de deteriorado, o imóvel não corre risco de desabar. 

Outra delegada envolvida na ação, Vanessa Guimarães, afirmou que ainda não foi encontrado nenhum sinal do crime de furto de energia. Um animal foi resgatado por uma ONG que acompanhou a ação. A acusação de maus tratos aos animais está sendo investigada. 

A advogada de Margarida Bonetti, de prenome Helena, disse em entrevista à imprensa o início da noite que existe a possibilidade de Margarida se mudar para casa de uma irmã e descartou que ela esteja abandonada pelos familiares. 

"Do jeito dela, ela consegue viver. Não é abandono de incapaz, tanto é que ela vive há mais de 20 anos na casa. Não acho necessário (transferencia pra casa de saúde)", afirmou a advogada.