Mulher é detida em aeroporto no Paraná transportando frascos com células-tronco
Segundo a Receita Federal, células-tronco foram extraídas de cordão umbilical humano; material só pode ser transportado com autorização
A Receita Federal apreendeu frascos com células-tronco que estavam com uma passageira, de 38 anos, que desembarcou no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, no Paraná, nesta quinta-feira, 5. As informações são do Bom Dia Paraná, telejornal da TV afiliada à Rede Globo na região.
De acordo com a reportagem, os frascos foram encontrados durante a inspeção na bagagem da mulher, que é chilena, no momento em que passava pelo scanner. Na ocasião, servidores da Receita identificaram algo diferente e, ao abrirem a mala dela, encontraram nove frascos.
A embalagem dos produtos indicava que tratavam-se de células-tronco. A Receita Federal então chamou um especialista para analisar o material, e foi identificado que em todos os frascos continham células-tronco extraídas de cordão umbilical humano.
No entanto, segundo a Receita, esse tipo de material só pode ser transportado com a fiscalização adequada e autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"[Ela disse] que estava levando para um hotel, que não é a primeira vez que ela faz isso e que sempre a entrega da mercadoria é feita dentro de hotel", disse ao Bom Dia Paraná Claudia Brasil Ceci, auditora da Receita Federal.
As células-tronco já demonstraram ter diversos potenciais médicos e terapêuticos. Elas são células indiferenciadas, com capacidade de se auto renovarem e se diferenciarem em distintos tipos de células, e estão presentes em diversos tecidos e órgãos do corpo humano, como medula óssea, gordura e tecidos embrionários.