Mulher é presa suspeita de submeter filhas a exploração sexual em Porto Alegre
As vítimas têm entre 8 e 12 anos. Um homem também foi preso em flagrante, em Imbé, sob suspeita de pagar uma mesada à mãe das meninas e abusar das crianças
Nesta quinta-feira, 27, uma mulher foi presa em flagrante em Porto Alegre, suspeita de submeter suas três filhas - de 8, 10 e 12 anos - a exploração sexual. Um homem também foi preso em flagrante em Imbé, no litoral norte do Rio Grande do Sul, sob suspeita de pagar uma mesada à mãe das meninas e abusar das crianças.
Segundo a Polícia Civil, o homem oferecia presentes como brinquedos, roupas e produtos de higiene pessoal às meninas, e as recebia em um apartamento localizado a poucas quadras de sua casa. Ele também é suspeito de produzir material de pornografia infantil para venda e uso pessoal.
O caso foi descoberto pela 1ª Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), após uma denúncia anônima. No celular do suspeito, foram encontradas mensagens em que ele oferecia uma lista com preços para abusar das crianças, que era enviada a outras mães de menores de idade. De acordo com a delegada, era como um "cardápio" de abusos. O caso deve ser dividido em vários inquéritos, com base na identificação de novas suspeitas de submeter crianças a exploração sexual.
As três crianças foram encaminhadas para avaliação psicológica e exames para detecção de violência sexual no Centro de Referência em Atendimento Infanto-juvenil (CRAI) do Instituto Geral-de Perícias (IGP), em Porto Alegre. A operação contou com a participação de equipes do Conselho Tutelar, do próprio IGP e das delegacias de Imbé e Balneário Pinhal.
O homem foi autuado por exploração sexual, pornografia infantil e fraude processual, por tentar danificar aparelhos eletrônicos que foram apreendidos.
Violência contra crianças - como denunciar?
Casos de exploração sexual de menores podem ser denunciados pelos telefones 181 e 0800-642-6400. A Polícia Civil do RS também recebe relatos pelo WhatsApp (51) 98444-0606.
Disque 100: mantido pelo Governo Federal, recebe, encaminha e monitora denúncias de violação de direitos humanos. A ligação pode ser feita de telefone fixo ou celular e é gratuita. Funciona 24 horas, mesmos aos finais de semana e feriados. A denúncia pode ser anônima.
Aplicativo "Proteja Brasil": disponível para smartphones e tablets, o aplicativo gratuito, mantido pelo Governo Federal, recebe denúncias identificadas ou anônimas. Também disponibiliza os contatos dos órgãos de proteção nas principais capitais.
Conselho Tutelar: é o principal órgão de proteção a crianças e adolescentes. Há conselhos tutelares em todas as regiões. A denúncia pode ser feita por telefone ou pessoalmente, e as unidades estão funcionando em horários diferenciados.
Delegacias de Polícia: seguem abertas 24 horas. Tanto as delegacias comuns quanto as especializadas recebem denúncias de violência contra crianças e adolescentes.
Polícia Militar: em caso de emergência, disque 190. A ligação é gratuita e o atendimento funciona 24 horas.