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Mulher manda matar namorado PM após descobrir caso com filha

Elias Matias Ribeiro, de 49 anos, teve o corpo carbonizado em um canavial no interior de São Paulo; segundo a polícia, Jaciane Maria, de 40 anos, teve ajuda de sua outra filha e de um tio no crime

5 jun 2019 - 10h34
(atualizado às 13h07)
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A Polícia Civil anunciou como crime passional a morte do cabo da Polícia Militar Elias Matias Ribeiro, de 49 anos, que teve o corpo carbonizado em um canavial em Araraquara, no interior de São Paulo.

O cabo Matias era policial desde 1990 e trabalhava no 13.º Batalhão da PM em Araraquara
O cabo Matias era policial desde 1990 e trabalhava no 13.º Batalhão da PM em Araraquara
Foto: Polícia Militar / Divulgação / Estadão Conteúdo

O corpo foi encontrado no banco da frente de um carro em chamas na madrugada desta terça-feira, 4, junto ao colete balístico, arma, carregador e algema do policial.

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) informou que Ribeiro foi morto a mando da namorada dele, Jaciane Maria, de 40 anos. Ela decidiu matar o namorado após descobrir que ele tinha um caso com sua filha mais nova, de 20 anos.

Segundo a investigação, Jaciane namorava o PM havia cinco meses. No fim de semana, ela teve acesso a um vídeo íntimo do namorado e a filha mais nova. Revoltada com o caso, decidiu matá-lo.

Para o crime, ela contou com a ajuda da outra filha, Larissa Marques, de 22 anos, e de um tio, um pedreiro de 54 anos, que está foragido. Na noite de segunda-feira, a mulher atraiu o policial para sua casa e, enquanto ele dormia, o tio o matou com golpes de marreta. A arma usada no crime foi encontrada na casa dele. A mulher e a filha foram presas na tarde de terça e confessaram o crime.

De acordo com a polícia, a filha ajudou a mãe e o tio a colocarem o corpo da vítima no carro do policial, junto com o colchão ensanguentado. O veículo foi levado a um canavial, próximo à divisa com Américo Brasiliense, e incendiado com o corpo dentro.

Os três suspeitos deixaram o local no carro da filha. Marcas de pneus compatíveis com os do carro dela foram detectadas no local. Para confirmar a identidade da vítima, foi necessário exame de arcada dentária.

As duas mulheres tiveram as prisões temporárias decretadas. Elas foram indiciadas por homicídio qualificado, por motivo fútil, recurso que impediu a defesa da vítima, e destruição do corpo. As acusadas não tinham apresentado advogado até a manhã desta quarta. O tio delas está sendo procurado pela polícia.

O cabo Matias era policial desde 1990 e trabalhava no 13.º Batalhão da PM em Araraquara. Ele era motorista do comandante da unidade e estava a um mês de se aposentar. Durante quase 20 anos ele integrou o Corpo de Bombeiros de São Carlos e, em 2010, foi escolhido o "Bombeiro do Ano". O comando do 13.º BPM/I de Araraquara divulgou nota manifestando pesar pela morte do policial, "que deixa filhos, familiares e muitas saudades aos amigos e companheiros de trabalho".

Estadão
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