Script = https://s1.trrsf.com/update-1725976688/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Mulher que vivia em McDonald's do Rio é proibida de retornar

Susane Muratori havia sido presa por injúria racial em um caso ocorrido no estabelecimento

2 set 2024 - 14h26
Compartilhar
Exibir comentários

Susane Muratori, conhecida por morar em uma unidade do McDonald's do Rio de Janeiro com a filha, foi solta pela Justiça após ter sido presa por injúria racial na última sexta-feira (30). A mulher foi proibida de frequentar o local, mesmo como cliente.

Mulher que vivia em McDonald's de RJ é proibida de frequentar local
Mulher que vivia em McDonald's de RJ é proibida de frequentar local
Foto: Eduardo Carvalho/UOL / Perfil Brasil

Injúria racial

Susana foi presa em flagrante na última sexta-feira (30). Uma adolescente disse que foi chamada de "pobre, preta, nojenta" pela mulher. Além disso, ela também teria xingado o grupo de cinco amigas, chamando-as de "pobres e faveladas".

De acordo com as jovens, a mulher e sua filha, Bruna Muratori, se incomodaram com as risadas das meninas e começaram a gravar as adolescentes. "Ela chegou pra gente e falou: 'abre a boca agora, suas fedelhas'. Chegou pra minha amiga e disse: 'sua preta'. Ela falou pra minha amiga: 'preta nojenta'. Depois chamou a gente de 'vagabundinha'. Ela falou isso pra adolescentes", disse uma das jovens.

A mulher de 65 anos foi presa em flagrante por injúria racial, e sua filha foi liberada porque não houve relato que ela havia proferido as ofensas. Em depoimento, Susana afirma que foi chamada de "velha coroca" pelas meninas, e negou que tenha cometido ofensas raciais.

A audiência de custódia aconteceu neste sábado (31). A juíza Ariadne Villela Lopes considerou que a idosa não tinha antecedentes, e negou o pedido do Ministério Público de prisão preventida.

Ainda assim, a magistrada estabeleceu algumas medidas cautelares: comparecimento mensal em juízo "para informar e justificar suas atividades" pelos próximos 2 anos; proibição de acesso e frequência ao McDonald's do Leblon pelos próximos 2 anos; proibição de interagir com a adolescente que a denunciou; proibição de se aproximar dela — com um limite de 500 metros.

Vivendo no McDonald's

O caso de Susana e Bruna chamou a atenção porque as mulheres passavam o dia no local, e dormiam sentadas na calçada enquanto esperavam o McDonald's abrir. Elas ficavam com suas cinco malas, e se incomodavam com a reação do público.

Após a repercussão do caso, que foi noticiado no início deste ano, Bruna abriu uma vaquinha online e conseguiu arrecadas R$1 mil.

Susane e sua filha já haviam recusado vagas em abrigos e outros serviços de apoio social. A Secretaria Municipal de Assistência Social já chegou a abordar a duplas, que recusou suas ofertas.

Perfil Brasil
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade