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Mulheres moram há três meses em lanchonete de fast food no Rio

Mãe e filha ficam em McDonald’s no Leblon e não aceitam ajuda de moradores e poder público

25 abr 2024 - 11h15
(atualizado às 11h35)
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Foto: Reprodução/Google Maps

Há quase três meses, duas mulheres fazem de sua morada uma das unidades do McDonald’s no Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro. Quando a lanchonete de fast food fecha, elas dormem sentadas na calçada do local, sempre acompanhadas de cinco malas grandes com itens pessoais. As informações são da rádio CBN. 

O restaurante está localizado em um dos locais mais caros para se viver no Rio, na esquina das ruas Carlos Góis e Ataulfo de Paiva. Elas ficam todos os dias lá, das 10h às 5h, quando o estabelecimento fecha. As refeições também são feitas lá. 

“Quando o 'Mac' fecha, elas ficam sentadas do lado de fora, não se afastam. Quando abre, de manhã, elas entram e pegam sempre a mesa perto da porta. Muito triste, morar em uma lanchonete é uma situação insustentável”, descreve um morador que observa as duas de sua janela.

Embora estejam morando em um local público, as duas estão sempre de roupas limpas, e aparentemente, tem dinheiro para pagar o que consomem na loja e em outros comércios no entorno. No entanto, elas não aceitam ajuda nem de moradores e nem do poder público. 

Conforme a reportagem, elas se chamam Suzy e Bruna, e seriam mãe e filha. A mais velha é Suzy e aparenta ter 50 anos, enquanto Bruna, menos de 30. Ambas afirmam ser do Rio Grande do Sul, mas moram na 'cidade maravilhosa' há oito anos.

A mãe afirma que quer encontrar um aluguel na região por R$ 1.200, e que está visitando apartamentos para escolher uma moradia, mas até lá, prefere não ‘gastar dinheiro’ e esperar para locar o novo espaço. 

As duas não aceitam ajuda de ninguém, nem da Polícia Militar e nem de assistentes sociais. Uma das profissionais revelou que estava preocupada com a situação das duas, pois parecia mais complexa do que a de esperar por um apartamento. Ela chegou a dizer que Bruna contou que seu marido estava em Paris, na França, e que esperava ele voltar para alugar um imóvel, mas essa informação não havia sido citada pelas duas com a reportagem. 

‘Calote’

Nilson Mendonça, um ambulante que trabalha na região vendendo água de coco, contou que trabalhou em um hotel em Copacabana antes da pandemia, e que as duas saíram do local sem pagar, em 2022. 

Além disso, segundo ele, Suzy e Bruna também foram despejadas de um conjunto habitacional do Leblon, na Cruzada São Sebastião, por falta de pagamento. “Conheço elas pelo histórico (do local) onde eu trabalhei, um hotel em Copacabana. Elas se hospedaram lá e não pagaram a hospedagem, em 2022. Não aceitam ajuda, são bem ríspidas, não se abrem. Ficam andando na rua, peregrinando. Ficam para lá e para cá, e não tem um local fixo”, disse.

A história que Nilson contou foi confirmada por uma pessoa que trabalhou na gerência do hotel, que detalhou que a direção do estabelecimento não denunciou à polícia para evitar exposição.

Fonte: Redação Terra
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