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"Não vou sair dessa", diz brasileiro preso na Tailândia

Textos e áudios foram enviados por Jordi Vilsinski Beffa, de 24 anos, pouco antes de ser detido; novo contato deve ser feito até o fim da primeira semana de março

23 fev 2022 - 23h15
(atualizado em 24/2/2022 às 07h12)
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Jordi Vilsinski Beffa, de 24 anos, foi detido com cocaína em Bangcoc e está em isolamento
Jordi Vilsinski Beffa, de 24 anos, foi detido com cocaína em Bangcoc e está em isolamento
Foto: Reprodução

"Cuida da minha mãe. Eu peguei o celular aqui rápido, mas não sei quanto tempo vou ficar." Essas foram algumas das últimas falas de que se tem notícia de Jordi Vilsinski Beffa, de 24 anos, que foi preso na Tailândia por tráfico de cocaína. Dessa data em diante, nem família ou amigos tiveram novas informações sobre o jovem que está isolado, por protocolo do país asiático, devido à pandemia da covid-19.

O advogado de Beffa no Brasil, Petrônio Cardoso, conseguiu os áudios com um amigo do jovem, que recebeu as mensagens direto de Bangcoc. "Se um dia eu voltar, cuida deles por mim. Amo você. Se cuida irmão", diz outro trecho da conversa por texto.

Junto aos prints da conversa, um áudio de nove segundos, em que a voz de Jordi está completamente abalada. "Qualquer coisa, cuida dos meus aí, tá bom? Obrigado, irmão. Abraço. Não vou sair dessa", disse o jovem, que foi preso na segunda-feira da semana passada, dia 14, quando desembarcou na Tailândia e foi pego pelas autoridades locais.

Os pais do rapaz preferiram não conceder entrevistas. O advogado do caso aguarda o fim do protocolo de isolamento para tentar contato com Jordi e contratar uma defesa no país para auxiliar no processo. A expectativa é de que ele possa entrar em contato com o advogado e a família até o fim da primeira semana de março.

O advogado se mobiliza para fazer uma vaquinha para ajudar os pais do rapaz - que moram em um conjunto habitacional, na periferia de Apucarana (PR) - a conseguirem dinheiro para poder pagar pela defesa do jovem em Bangcoc. Lá, a pena por tráfico de drogas pode chegar a ser de morte.

O advogado, entretanto, trabalha com a hipótese de crime moderado. Alega que o rapaz era "mula" (pessoa que carrega as drogas, não necessariamente o traficante), o que resultaria em pena de 5 a 10 anos com possibilidade de extradição e cumprimento de pena no Brasil.

Estadão
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