Nível do Cantareira atinge 15% com chuva acima da média
Com chuvas constantes, o principal sistema de São Paulo vem ganhando fôlego antes da chegada do outono e da época de estiagem
Cinco dos seis mananciais de abastecimento administrados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo tiveram elevação no nível de água de ontem (15) para hoje (16), entre eles, está o Sistema Cantareira que opera com 15% de sua capacidade. Nesse domingo foi registado 14,6%. Em pouco mais de um mês, em 43 dias, o volume de água dos seis reservatórios que formam esse sistema atingiu o triplo do existente, no início de fevereiro (5%).
As retiradas eram feitas em profundidade relativa a segunda cota da reserva técnica, água abaixo das comportas. Dede o último dia 24 de fevereiro, o bombeamento passou a ser feito da primeira cota da reserva técnica com o enchimento gradual do nível.
Nessa primeira quinzena, choveu 147,9 milímetros (mm) sobre o Cantareira, volume equivalente a 83,08% da média histórica de março (178mm). O nível do sistema precisaria subir quase o dobro da medição atual para atingir o volume útil, esgotado em 16 de maio do ano passado.
Embora seja o maior manancial, em razão da crise hídrica, o Cantareira perdeu a posição de maior fornecedor para o Guarapiranga de onde são feitas retiradas para 5,8 milhões de consumidores, dois milhões a mais do Cantareira. A capacidade de produção caiu da média de 14,03 metros cúbicos por segundo, em fevereiro, para 33 metros cúbicos por segundo, em março.
O Sistema Rio Claro foi o único que não apresentou aumento do nível. O armazenamento desse manancial ficou estável em 40,4%. Ele é utilizado para o fornecimento de 1,5 milhão de consumidores espalhados pela região de Sapopemba, na zona leste da capital paulista e por algumas áreas das cidades de Ribeirão Pires, Mauá e Santo André.
Nos demais sistemas foram verificadas as seguintes elevações: Alto Tietê (de 21,5% para 21,8%); no Guarapiranga (de 74,7% para 75,8%); e no Rio Grande (de 97,8% para 98,1%).