Script = https://s1.trrsf.com/update-1731009289/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

No Facebook, detida em protesto em SP nega atos de vandalismo

Luana Bernardo Lopes foi enquadrada, junto com Humberto Caporalli, na Lei de Segurança Nacional

10 out 2013 - 18h59
(atualizado às 19h14)
Compartilhar
Exibir comentários
Garota negou ter cometido atos de vandalismo na noite em que foi detida
Garota negou ter cometido atos de vandalismo na noite em que foi detida
Foto: Facebook / Reprodução

A universitária Luana Bernardo Lopes, 19 anos, detida junto com Humberto Caporalli, 24 anos, na noite de segunda-feira, durante os protestos na praça da República, no centro de São Paulo, afirmou nesta quinta-feira, em uma publicação em seu perfil no Facebook, que não cometeu nenhum ato de vandalismo durante a manifestação. “Não quebrei nada, não depredei nenhum patrimônio publico, não bati, quebrei, atirei pedras em carro, loja ou estabelecimento público algum. Nunca fui a favor de nenhum tipo de violência gratuita”, disse a jovem na rede social. 

Em sua publicação, a jovem diz que não participou de nenhum ato de vandalismo, e que foi ao protesto para fotografar o evento. “Se cometi algum crime nessa noite, foi o de acreditar com toda minha fé que única arma que pode mudar algo é a da arte. Só a arte para atingir a todos e não ferir um único”, afirmou Luana. “Nunca achei que ia ver tão de perto tanta coisa acontecer. A confusão enorme em que iam me colocar só porque tinha algumas fotos na mochila.”

Na noite de segunda-feira, Humberto e Luana foram detidos e enquadrados na Lei de Segurança Nacional, após participarem do protesto em São Paulo em apoio à greve de professores no Rio de Janeiro. De acordo com policiais, os dois incentivaram o ataque a uma viatura da Polícia Civil.

Na noite de ontem, o juiz do Departamento de Inquéritos Policiais (Dipo), Marco Vieira de Moraes, determinou relaxamento de prisão do casal, que foi então liberado. 

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

<p>Luana deixa o 3º DP em São Paulo (SP), para Franco da Rocha, no começo da tarde desta terça-feira</p>
Luana deixa o 3º DP em São Paulo (SP), para Franco da Rocha, no começo da tarde desta terça-feira
Foto: J. Duran Machfee / Futura Press
A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade