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Nordeste tem a maior taxa de homicídios do país, diz estudo

15 out 2015 - 13h00
(atualizado às 13h03)
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Foto: Arte Terra

A região com a maior taxa de homicídios por 100 mil habitantes do país é o Nordeste (33,76), seguida da Região Norte (31,09) e do Centro-Oeste (26,26). As regiões Sudeste e Sul apresentam taxas menores, 16,91 e 14,36, respectivamente. No Nordeste, o estado com a maior taxa por grupo de 100 mil habitantes é o Ceará, com 46,9 homicídios, equivalente a 4.144 mortes, seguido de Sergipe (45 assassinatos por 100 mil habitantes).

Os dados estão no relatório Diagnóstico dos Homicídios no Brasil: Subsídios para o Pacto Nacional pela Redução de Homicídios, divulgado hoje (15) pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça. 

No estado do Ceará, as maiores taxas de homicídios são registradas nas cidades de Fortaleza (72,7), Maracanaú (73,7) e Caucaia (65,8), na região metropolitana.

Em números absolutos, o estado que registrou o maior número de homicídios em 2014 foi a Bahia, com 5.450 (36 por 100 mil habitantes). Em seguida, estão Rio de Janeiro (4.610) e São Paulo (4.294), com taxas de 28 e 9,8 por grupos de 100 mil habitantes. No ranking absoluto, o Ceará aparece em quarto lugar. Santa Catarina, com 587 mortes registra a menor taxa do país (8,7 homicídios por 100 mil habitantes).

“Para se ter uma noção comparativa no âmbito internacional sobre essa taxa, países com históricos de guerra civil, como o Congo (30,8), e com altas taxas de homicídio associadas ao narcotráfico, como a Colômbia (33,4), possuem taxas menores que a do Nordeste brasileiro”, informa o relatório.

Metodologia

De acordo com o Ministério da Justiça, o diagnóstico fez um recorte com 80 municípios, localizados nas 26 unidades da federação e a região administrativa da Ceilândia, no Distrito Federal, somando 81 localidades prioritárias de ação, agregando 22.569 registros de homicídios em 2014, o que representa, aproximadamente, 50% do total de assassinatos registrados no Brasil.

A intenção do documento é que funcione com uma ferramenta de gestão para os estados no enfrentamento da criminalidade observando as coincidências entre as altas taxas de homicídio e outros problemas sociais, econômicos e culturais.Os dados são do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) de 2014.

Agência Brasil Agência Brasil
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