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Notícias do dia: Bolsonaro contra isolamento, seguro-desemprego e Boris Johnson com coronavírus

Estudo sobre mortalidade da covid-19 no Brasil, pedido de desculpa do prefeito de Milão, mortes nos EUA, ajuda de Drauzio ao governo e a repatriação de brasileiros também foram assuntos desta sexta-feira

27 mar 2020 - 19h38
(atualizado às 19h50)
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Enquanto o número de mortos e infectados pelo coronavírus aumentam no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro segue minimizando a pandemia e pedindo o fim do isolamento. Em resposta à campanha para a volta das atividades, o prefeito de São Paulo João Doria subiu o tom da crítica contra o presidente. Para reduzir o impacto da crise, o governo anunciou linha de crédito para pequenas e médias empresas e um seguro-desemprego.

Leia também sobre o estudo que prevê o número de mortes no Brasil, o pedido de desculpa do prefeito de Milão, o avanço do coronavírus nos EUA, Drauzio Varella e ação sobre a covid-19 e a repatriação de brasileiros.

Veja abaixo a lista das principais notícias do 'Estadão' nesta sexta-feira, 27 de março de 2020:

1. Brasil tem 92 mortes confirmadas e 3.417 casos diagnosticados de coronavírus

O número de mortes pelo novo coronavírus no Brasil chegou a 92 nesta sexta-feira, 27, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Em relação ao dia anterior, houve um aumento de 15 mortes, quando o registrado foi 77 óbitos. O Ministério da Saúde informou que são 3.417 casos confirmados da doença, o que representa 502 novas confirmações em relação à última atualização dos dados da pandemia no País. O índice de letalidade está em 2,7%.

2. 'Infelizmente algumas mortes terão. Paciência', diz Bolsonaro ao pedir o fim do isolamento

O presidente Jair Bolsonaro voltou a pedir nesta sexta-feira, 27, o fim da isolamento social como método para conter o avanço do novo coronavírus e afirmou que "infelizmente" alguns brasileiros irão morrer ao contrair a doença.

3. ?Estudo prevê 44 mil mortes de covid-19 no Brasil; isolar só idosos eleva nº para 529 mil

Uma estratégia de isolamento social que só mantenha idosos em casa, como sugere o presidente Jair Bolsonaro, ainda poderia levar à morte mais de 529 mil pessoas no Brasil em decorrência da covid-19. Os números fazem parte da nova pesquisa do Grupo de Resposta à Covid-19 do Imperial College de Londres. Foi um trabalho dessa equipe com projeções para os Estados Unidos e o Reino Unido, que fez o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, recuar sobre a ideia de adotar um isolamento vertical.

4. 'O Brasil precisa discutir quem será o fiador das mortes', diz Doria sobre Bolsonaro

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB)
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB)
Foto: Rovena Rosa/Agencia Brasil / Estadão

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), fez um discurso repleto de críticas ao presidente Jair Bolsonaro em resposta à campanha veiculada pela Presidência defendendo a retomada das atividades comerciais do País. "O Brasil precisa discutir quem será o fiador das mortes no Brasil", disse Doria. O pronunciamento ocorreu durante vistoria das obras do hospital de campanha que está sendo construído no Estádio do Pacaembu.

5. Governo anuncia que vai financiar salários por 2 meses para pequenas e médias empresas

O presidente Jair Bolsonaro anunciou uma nova linha de crédito emergencial de R$ 40 bilhões para que pequenas e médias empresas financiem o pagamento dos salários dos funcionários por dois meses. O financiamento estará disponível entre uma e duas semanas.

6. Em pior dia da pandemia, Itália registra 969 mortos em 24 horas

O Ministério da Saúde da Itália registrou ao menos 969 mortes por causa do coronavírus na última, o maior número desde o início da epidemia no país, e um aumento de 11,9% em relação ao dia anterior. No total, desde o início da epidemia, o país contabiliza 9.134 mortos. E ao menos 86.498 pessoas contraíram o vírus.

7. EUA têm recorde de 345 mortes e superam os 100 mil casos oficiais

A pandemia do novo coronavírus matou um recorde de 345 pessoas nos Estados Unidos nas últimas 24 horas, segundo uma contagem da Universidade Johns Hopkins, que registra 1.475 mortes no país por esta doença. O país também superou os 100 mil casos oficialmente declarados de coronavírus, de acordo com a mesma universidade.

8. Premiê britânico, Boris Johnson testa positivo para coronavírus

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, testou positivo para o coronavírus. O anúncio oficial foi feito pelo próprio premiê britânico em uma mensagem de vídeo publicada em seu Twitter oficial. Johnson é o primeiro chefe de governo de uma das principais economias do mundo a testar positivo para a doença desde o início da pandemia.

9. Ironizado por Bolsonaro, Drauzio ajuda governo a ganhar ação sobre covid-19

Alvo de ataques nas redes sociais e vítima de comentários depreciativos do presidente Jair Bolsonaro, o médico e escritor Drauzio Varella teve seus conhecimentos usados pelo governo federal em uma ação popular movida em Minas Gerais que pretendia obrigar a União e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a realizar triagens e medição de temperaturas dos viajantes nos aeroportos brasileiros. 'Decisão da Anvisa sobre aeroportos foi 'sensata', disse o médico e escritor Drauzio Varella.

10. Embaixada pede calma a paralímpicos: 'Governo tenta repatriar 6 mil'

A delegação paralímpica de natação da equipe de Indaiatuba continua à espera de uma resposta do Itamaraty para conseguir retornar ao Brasil. A Embaixada do Brasil em Quito enviou para os nove atletas e o treinador que estão tentando retornar há 13 dias mensagem em que pede calma e informa que há cerca de seis mil brasileiros em situação semelhante.

Estadão
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