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Novos dados reforçam suspeita de corrupção em cartel de trens em SP

24 out 2013 - 09h19
(atualizado às 09h19)
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A Procuradoria da Suíça enviou novos documentos às autoridades brasileiras que investigam o esquema de formação no cartel dos trens de São Paulo, e os dados reforçam a suspeita de que houve corrupção e pagamento de propina em contratos da empresa francesa Alstom. Um e-mail do engenheiro José Luiz Alquéres, ex-presidente da multinacional no Brasil, aponta envolvimento de governantes do Estado e do município de São Paulo. Enviado em 18 de novembro de 2004, Alquéres destacou o "bom relacionamento" com políticos paulistas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

"Temos um longo histórico de cooperação com as autoridades do Estado de São Paulo, onde fica localizada nossa planta", escreveu ele. "O novo prefeito recém-eleito (José Serra, PSDB) participa das negociações que vão nos permitir a reabertura da Mafersa como Alstom Lapa. O atual governador (Geraldo Alckmin, PSDB) também participa."

No e-mail, o engenheiro também fala sobre o consultor Arthur Gomes Teixeira, apontado pelo Ministério Público de São Paulo como lobista e pagador de propinas a servidores de estatais do setor metroferroviário do governo paulista, entre 1998 e 2003. Ele escreveu que "recomenda enfaticamente" que diretores da Alstom utilizem os serviços de Teixeira.

Alquéres também afirmou que era importante conquistar novos contratos com o Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), citando vagamente quatro projetos, que "representam um total de cerca de 250 milhões de euros". "Nesse período de mudanças sofremos duas grandes derrotas em leilões públicos, coisa que não ocorria há anos. Mas ainda podemos ter sucesso nos quatro projetos que o Estado de São Paulo vai negociar ou leiloar nas próximas semanas."

Fonte: Terra
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