"Nunca fez mal a ninguém", diz esposa de homem morto em câmara de gás da PRF
Nas imagens divulgadas nas redes sociais, é possível ver uma fumaça saindo de dentro do veículo; IML confirma morte por asfixia
A esposa de Genivaldo de Jesus Santos, Maria Fabiana dos Santos, lamentou a perda do marido, morto por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na quarta-feira, 25. O homem de 38 anos foi colocado em uma câmara de gás montada pelos policiais no porta-malas da viatura.
O caso aconteceu na cidade de Umbaúba, em Sergipe. Genivaldo deixa um filho de 7 anos.
"Sempre fez questão do tratamento dele. Sempre fez questão de ir ao médico, de tomar a medicação certinhna. Nunca teve problema, tinha uma vida normal. Era uma boa pessoa. Um bom marido, um bom pai, um bom amigo. Nunca fez mal a ninguém", disse Maria Fabiana, em entrevista à Rádio BandNews FM.
Segundo relatos, Genivaldo foi abordado quando pilotava uma moto. Os agentes teriam encontrado comprimidos com Genivaldo, que sofria de esquizofrenia e usava medicamentos para se tratar.
Nervoso com a abordagem, Genivaldo teria questionado os policiais, que, em reação, usaram o spray de pimenta e o colocaram no porta-malas da viatura. Nas imagens divulgadas nas redes sociais, é possível ver uma fumaça saindo de dentro do veículo.
Um laudo do Instituo Médico Legal já apontou que o homem morreu por asfixia. O corpo de Genivaldo foi velado nesta quinta-feira, 26, na casa da sua mãe, no povoado de Mangabeira, em Santa Luzia do Itanhy.
Em nota, a PRF informou que, durante a abordagem, Genivaldo reagiu de forma agressiva e precisou ser contido com instrumentos de menor potencial ofensivo.