'NYT' analisa "rolezinhos" no Brasil: "sociedade com classes em fluxo'
Um dia após publicar o artigo "A Quem Pertence o Shopping?", assinado pela romancista Vanessa Barbara, o jornal americano The New York Times abriu espaço, neste domingo, para o texto "O Novo Conflito Brasileiro com a Juventude Urbana Acontece no Shopping", do correspondente Simon Romero. Pela descrição da matéria, os eventos "tocam questões de espaço público e direito em uma sociedade na qual convivem diferentes padrões de vida, os pobres avançaram e há fluxo entre classes".
A publicação buscou participantes dos eventos. "Por que não nos deixam entrar em shoppings? Temos o direito de nos divertir, mas a polícia abusa", declarou Plínio Diniz, de 17 anos, participante de um "rolezinho" no Shopping Metrô itaquera.
O jornal avaliou que a polícia está "mais cuidadosa" para reagir com grandes multidões após os protestos nas ruas brasileiras em 2013, que, de acordo com a análise, "se tornaram mais violentas após a forte repressão policial".
"Não acredito que repressão seja a melhor maneira de evoluir. É como jogar gasolina no fogo", disse Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, em declaração destacada pelo artigo.
O The New York Times mencionou, ainda, que grupos ideológicos, como movimentos sem-teto, têm se misturado aos "rolezinhos".
"Com medo de vandalismo, donos de lojas têm fechado seu comércio e shoppings limitado entradas. Pelo movimento envolver grande número de jovens de pela escura, isso levanta acusações de preconceito racial e levantado questionamentos sobre as poucas opções de laxar em São Paulo e outras cidades brasileiras, onde shoppings são locais de interação, pela falta de parques e ambientes públicos", escreveu o autor do artigo.
Ao fim, o jornal motrou jovens da periferia surpresos com a falta de aceitação dos eventos. "Nós só queremos ter diversão. Não é nada político, apenas um lugar para conhecer pessoas", comentou Letícia Gomes, de 15 anos.