O que se sabe sobre a morte do advogado no Rio de Janeiro
Rodrigo Marinho Crespo foi assassinado a tiros no Centro do Rio, em frente a OAB. Ação criminosa durou cerca de 14 segundos.
O assassinato de Rodrigo Marinho Crespo, de 42 anos, é investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. O advogado foi morto a tiros na última segunda-feira, 26, em frente à sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), região central da cidade. Ele foi enterrado nesta quarta, 28.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, até o momento, apenas a possibilidade de latrocínio não é considerada como motivação pelos investigadores do caso. Mas nenhuma outra hipótese foi descartada.
Como ocorreu o homicídio
O crime ocorreu por volta das 17h, na Avenida Marechal Câmara, próximo à OAB e Marinho & Lima Advogados, escritório em que era sócio-fundador. De acordo com testemunhas, os criminosos estavam em um veículo branco.
De acordo com a polícia, o veículo em que o assassino chegou estacionou em uma fila dupla. Na sequência, ele saiu do banco traseiro, deu cerca de três passos e, em seguida, iniciou os primeiros disparos. Ao que parece, um dos criminosos chegou a chamá-lo antes dos tiros.
O criminoso continuou atirando contra o advogado, que já estava caído no chão. Após o ataque, o assassino retornou rapidamente para o veículo, que estava com a porta aberta. Ainda de acordo com a polícia, toda a ação durou apenas 14 segundos.
O advogado tinha o hábito de descer do escritório para tomar café e conversar com as pessoas. O crime foi registrado pelas câmeras de segurança da área e, segundo informações de policiais civis, o criminoso teria efetuado pelo menos 15 disparos de uma pistola 9 mm. Investigadores recuperaram pelo mais de dez cápsulas no local.
Investigações
Os agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), responsáveis pelo caso, estão investigando se o caso se trata de uma execução e se os assassinos observaram os hábitos e a rotina do advogado. A motivação e os suspeitos ainda não foram descobertas pela polícia.
“Se houver qualquer confirmação de que a motivação do crime foi a atividade laboral exercida pela advocacia, será um crime contra o Estado Democrático de Direito e assim será enfrentado pela Polícia Civil. Dessa maneira, aqueles que perpetraram esse crime passarão a ser inimigos do Estado e serão encontrados onde estiverem”, afirmou o o secretário da Polícia Civil Marcus Amim durante reunião com o secretário de Segurança Pública do Estado, Victor dos Santos.
Santos afirmou que os autores intelectuais e os executores do crime não ficarão impunes.
Quem era Rodrigo?
Rodrigo Marinho Crespo se formou em direito no ano de 2005, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC), e era sócio fundador do escritório Marinho & Lima Advogados. O advogado também se especializou em Direito Civil Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O profissional tinha experiência em Direito Civil Empresarial com ênfase em Contratos e Direito Processual Civil. O escritório em que atuava fica localizado na Avenida Marechal Câmara, mesma rua em que ele foi morto. No endereço, também estão localizadas a sede da Defensoria Pública, do Ministério Público estadual e da OAB.