O que se sabe sobre comerciante morto após descobrir suposta traição da esposa com cunhado

O comerciante Igor Peretto foi encontrado morto com sinais de facadas em um apartamento no litoral de São Paulo. Marcelly Peretto e Rafaela Costa da Silva, irmã e esposa da vítima, respectivamente, foram presas pela Polícia Civil após o homicídio. O cunhado dele, Mario Vitorino da Silva, também é suspeito de envolvimento no crime, e segue foragido.

A motivação do crime teria sido um suposto relacionamento extraconjugal entre a esposa de Igor e seu cunhado. O caso segue sob investigação. 

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Veja o que se sabe sobre o crime:

Onde e quando o crime ocorreu?

A vítima foi encontrada morta com sinais de facadas dentro do apartamento da irmã em Praia Grande (SP), no litoral de São Paulo, no dia 31 de agosto.

Na data, por volta das 7h30, policiais militares foram acionados para uma ocorrência de desentendimento. Ao chegarem ao local, foram recebidos pela síndica do condomínio. Com a ajuda de um chaveiro, que a síndica havia chamado, conseguiram abrir a porta e encontraram sinais de sangue no corredor. As informações são da TV Tribuna, afiliada à Rede Globo na região. 

O apartamento estava em desordem, sugerindo uma briga, e havia marcas de sangue espalhadas. No banheiro, foi encontrada e apreendida uma faca ensanguentada, que foi enviada para perícia. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e a morte de Igor foi confirmada.

Quem é a vítima?

Igor Peretto, um comerciante de 27 anos, era casado com Rafaela, que está entre os suspeitos no caso. Ele era pai de dois filhos, com idades de 5 e 8 anos, e possuía três empresas na Baixada Santista: uma loja de carros em Praia Grande, uma loja de motos em São Vicente e uma empresa de publicidade em Santos.

Além disso, Igor era irmão do vereador Tiago Peretto (União Brasil), de São Vicente, que não está envolvido no caso. Mario, que se encontra foragido, era sócio de Igor na loja de automóveis.

Suposta traição e envolvimento de viúva com irmã da vítima

A investigação aponta que Igor teria descoberto um relacionamento extraconjugal entre sua esposa, Rafaela, e seu cunhado, Mario Vitorino, o que possivelmente gerou a briga que resultou em sua morte. Embora os detalhes exatos do ocorrido ainda não tenham sido esclarecidos, a suspeita de traição ganhou força com base nas declarações dos advogados de defesa.

Desde o início da tragédia, o irmão de Igor, o vereador Tiago Peretto, tem compartilhado informações sobre o caso em suas redes sociais. Segundo Tiago, "Rafaela, que era casada com seu irmão, o teria traído com Mário Vitorino, companheiro de Marcelly, ou seja, cunhado e amigo da vítima". De acordo com ele, Igor descobriu essa traição. Em suas redes, o vereador também mencionou que imagens de segurança mostram que eles estavam com Igor horas antes de seu corpo ser encontrado no apartamento.

A síndica do condomínio relatou à polícia ter visto nas câmeras de segurança que, por volta das 4h37, a irmã de Igor, Marcelly Peretto, chegou ao apartamento acompanhada de Rafaela. Cerca de uma hora depois, às 5h40, Mario e Igor também chegaram ao local e pediram autorização ao porteiro para entrar, mas o acesso foi negado. Apenas após a liberação de Marcelly, que era a dona do apartamento, os dois conseguiram entrar.

O boletim de ocorrência aponta que, após o crime, os policiais vasculharam o local em busca de Rafaela, Marcelly e Mario, mas nenhum deles foi encontrado.

Em entrevista ao jornal A Tribuna, o advogado de Marcelly, Leandro Weissmann, declarou que ela e Rafaela tiveram um "envolvimento amoroso" horas antes da morte de Igor, quando se abraçaram e se beijaram. “Ambas tinham bebido muito, e ela [Marcelly] ainda estava zonza quando isso aconteceu”, afirmou o advogado. 

Quem são os presos suspeitos de envolvimento no crime?

Nesta sexta-feira, 6, a irmã e a viúva da vítima foram presas, de acordo com informações da TV Tribuna. Mario Vitorino segue foragido. 

A viúva de Igor (Rafaela) estava foragida desde 3 de setembro, mas se entregou à polícia no dia 6. Marcelly (irmã) havia se apresentado inicialmente como testemunha, mas voltou à delegacia após sua prisão ser decretada.

O advogado de Rafaela, Marcelo Cruz, alegou que ela não sabia da morte de Igor quando fugiu para São Paulo, acreditando que ele teria sido apenas dopado por Mario.

"Ela recebeu uma ligação do autor do crime [Mario] dizendo que teriam dopado efetivamente ele e não que teriam matado", afirmou o advogado à afiliada da Globo.

Investigações

Em nota ao Terra, a Secretaria de Segurança Pública informou que o caso segue em investigação por meio de inquérito policial instaurado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da Praia Grande, o qual tramita sob sigilo. A equipe da unidade prossegue com as diligências para o esclarecimento dos fatos. "Detalhes serão preservados para não interferir no andamento do trabalho policial", acrescentou a SSP.