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Obra de megacomplexo de luxo em SP cria teatro subterrâneo dentro de antigo hospital; veja detalhes

Cidade Matarazzo usa engenharia inovadora para manter patrimônio tombado e escavar novos pavimentos; francês quer trazer 20 milhões de visitantes por ano para região da Avenida Paulista

26 set 2022 - 10h51
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Após sustentar uma capela tombada a 31 metros de altura, o megacomplexo de luxo Cidade Matarazzo volta a chamar a atenção por uma obra de engenharia. Os trabalhos desta vez são nos blocos do antigo Hospital Umberto I, em que pilares a metros de profundidade e outros reforços têm permitido o restauro das fachadas e do telhado simultaneamente às escavações de subsolos e à demolição da estrutura interna. O destaque da nova fase será o teatro subterrâneo, com 17 metros de altura.

Os planos são de concluir todo o megaempreendimento bilionário até o fim de 2023, com dois hotéis, escritórios, capela, gastronomia variada, dezenas de lojas de luxo, spa e um centro de artes e criatividade. Tudo a duas quadras da Avenida Paulista, em conjunto com um boulevard - cuja permissão de uso por 30 anos acabou de ser autorizada pela Prefeitura - e os Parques Trianon e Mário Covas e a Praça Alexandre de Gusmão, que seguem públicos, mas com gestão privada por 25 anos.

A meta é atrair 20 milhões de pessoas por ano, somando os espaços, o que significa uma média de quase 55 mil por dia. "Não tem qualquer equipamento turístico que conheço no Brasil que tenha a capacidade de fazer um número tão grande", compara o idealizador do complexo, o empresário francês, Alexandre Allard. Para ele, a procura pelos já em funcionamento demonstra que estava certo em investir no que alguns chamavam de "o lado errado da Paulista (o da Bela Vista)". "Todo mundo falava do maluco francês, apostava no momento que eu fosse desistir. E eu não desisti", recorda-se.

Ao todo, a obra custa cerca de R$ 3 bilhões, dos quais 35% são referências à fase atual, que engloba os cinco blocos do antigo hospital. "Existe uma complexidade talvez nunca feita no Brasil", diz o engenheiro George Sallum, diretor técnico do complexo.

Além de aproveitar a estrutura existente, o projeto também envolve expansões. Como a maior parte do complexo envolve construções tombadas, a alternativa encontrada foi crescer abaixo do nível do solo. E não somente para estacionamento, mas também para centro de convenções, cinema, lojas, restaurantes, depósito, área técnica e até uma "dark kitchen" (cozinha exclusiva para delivery) de alta gastronomia.

No caso do bloco E do antigo hospital, o do teatro, a avaliação da equipe técnica da Cidade Matarazzo é que não há intervenção de engenharia no País comparável ao trabalho que se faz nesse espaço. Nem mesmo a da capela. Na prática, são duas obras dentro de uma, com o desafio de manter o esqueleto original de pé.

"Vai escavando e contendo as paredes, para segurar a envoltória (fachada)", diz o diretor técnico do complexo. Há ainda a preocupação que seja uma estrutura capaz de suportar obras de arte de grandes dimensões, que em geral, costumam ficar em áreas externas pelo peso excessivo.

Sallum explica que não se trata de uma demolição normal, pela necessidade de manter as fachadas intactas. "Não pode usar equipamentos pesados por causa da vibração. Precisa entender tudo antes de fazer a execução."

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  • Estadão
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