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Obras da Copa do Mundo podem parar por falta de areia no RS

Sindicato diz que trabalhos nos corredores do BRT devem parar a partir de sexta-feira após suspensão da extração de areia no rio Jacuí devido a danos ambientais

5 jun 2013 - 20h11
(atualizado às 20h27)
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Uma das obras afetadas deve ser a do corredor da avenida Protásio Alves
Uma das obras afetadas deve ser a do corredor da avenida Protásio Alves
Foto: Ricardo Giusti / PMPA / Divulgação

Obras de mobilidade para a Copa do Mundo de 2014 devem parar a partir de sexta-feira em Porto Alegre por falta de areia, segundo o sindicato que representa as indústrias de construção de estradas, pavimentação e obras de terraplanagem no Rio Grande do Sul. O setor alega que, por causa da proibição de extração de areia no rio Jacuí, não há material suficiente para dar continuidade à construção dos corredores rápidos de ônibus - os BRTs - em duas avenidas.

A extração de areia no rio foi suspensa em 24 de maio por determinação da Justiça Federal, após um pedido da Associação para Pesquisa de Técnicas Ambientais. O grupo denunciou a existência de um processo ilegal de extração do mineral, com danos ambientas às costas do rio e a destruição de mata ciliar. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) manteve a decisão da primeira instância.

Segundo o diretor administrativo e financeiro do Sindicato da Indústria da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em geral no Estado do Rio Grande do Sul (Sicepot-RS), Nilto Scapin, além da escassez do produto, o preço do metro cúbico de areia dobrou em Porto Alegre nos últimos dias - passou de cerca de R$ 30 para R$ 60. A falta do material afetará diretamente as obras dos corredores de ônibus nas avenidas Bento Gonçalves e Protásio Alves.

“As obras já poderiam ter parado. Nós conseguimos uma sobrevida por mais dois dias, com a vinda de um material de fora, e vamos continuar até sexta-feira”, disse Scapin. Segundo ele, há outros fornecedores de areia no Estado, mas a produção também está baixa. “Estamos tentando receber material de fora - de Viamão, Osório, sul de Santa Catarina, Santa Maria -, mas já está diminuindo o produto nesses outros locais, porque eles também têm uma limitação de produção e precisam atender a microrregião em que eles atuam”, explicou.

Os corredores do BRT estão 70% concluídos e devem ficar prontos até o fim do ano. A paralisação por falta de areia não afeta obras de pavimentação. Na sexta-feira, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, deve se reunir com representantes da categoria para discutir a falta de areia.

Fonte: Terra
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