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'Olá, Macaca': mulher acusa Magazine Luiza de enviar mensagem com teor racista; polícia investiga

Caso foi registrado como injúria racial; rede de varejo disse lamentar constrangimento sofrido pela vítima e que palavras inapropriadas passarão a ser vetadas no preenchimento de cadastros

8 jan 2025 - 19h31
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Uma mulher de 35 anos acusa a rede de varejo Magazine Luiza, a Magalu, de cometer injúria racial ao chamá-la de "macaca" em um e-mail recebido para a atualização de um cadastro, no qual foi necessário o registro do rosto da vítima para reconhecimento facial. O caso é investigado pelo 50° Distrito Policial (Itaim Bibi), na zona oeste da cidade de São Paulo.

Em nota, a Magalu disse lamentar o constrangimento sofrido pela cliente. Também afirmou que o caso não está relacionado ao processo de biometria realizado pela cliente. "Essa operação é feita de forma 100% digital, sem qualquer interação humana", alega. "O mesmo acontece com as mensagens de confirmação enviadas pela Magalu para os consumidores", acrescenta.

A cozinheira Susan Sena conta que usou o aplicativo da rede no último sábado, 4, para comprar uma máquina de lavar. Ela requisitou a recuperação de uma conta antiga e, para isso, precisou enviar um registro do próprio rosto para o reconhecimento facial.

Ela conseguiu efetuar a compra, mas percebeu no dia seguinte que o e-mail enviado pela Magazine Luiza começava com a saudação "Olá, Macaca".

"Entrei no cadastro para ver como estava escrito o meu nome, e estava escrito o meu nome mesmo. E eu vi que só nesse e-mail eu recebi 'macaca'. Nos outros e-mails (enviados para confirmar a compra da máquina de lavar), recebi 'Susan'", disse em vídeo publicado nas redes sociais.

@susan_sena

Hoje venho relatar um caso de R4CISMO que vivi e que não pode ficar impune. Recentemente, após fazer uma compra no Magazine Luiza, recebi um e-mail confirmando uma alteração no endereço. O problema? No início do e-mail, fui chamada de 'macac4'. Uma palavra cheia de ódi0 que carrega o peso de séculos de r4cismo e desumanização. Essa injúria racial me feriu profundamente e me lembrou que, infelizmente, vivemos em uma sociedade onde o r4cismo ainda é uma realidade cruel. Mas eu NÃO vou me calar! Já registrei um Boletim de Ocorrência e estou tomando todas as medidas legais para que os responsáveis sejam identificados e punidos. Compartilho minha história porque racismo é CRIM3 e precisamos expor essas situações para combater o preconceit0 em todas as suas formas. Peço que compartilhem este relato e marquem o @magazineluiza para exigir um posicionamento. Justiça precisa ser feita, e casos como este não podem ser normalizados. R4CISM0 NÃO PASSARÁ! @leodias @choquei @hilton_erika @beyonce_destruidora @africanizeoficial @fofocalizando @tvglobo @portalg1 @recordoficial @sbt @alfinetei @oyurimarcal @inutilitarismo @bandjornalismo @rozana.barroso #fyyyyyyyyyyyyyyyy #foryoupage?? #viraliza

som original - Susan Sena

Segundo o Magazine Luiza, o cadastro original da cliente foi realizado em 2011 de forma online. Não foram informados detalhes de como a palavra "macaca" passou a constar no cadastro de Susan.

"Para evitar que casos semelhantes se repitam, a companhia já excluiu o campo 'apelido' de seus formulários cadastrais e adotou uma lista de palavras inapropriadas, que passarão a ser vetadas no momento do preenchimento do cadastro", disse no comunicado.

A cozinheira registrou um boletim de ocorrência. O caso foi registrado como injúria racial. O delegado que atendeu Susan chegou a apurar a possibilidade de um eventual golpe e se o e-mail enviado era, de fato, do Magazine Luiza.

"Não teria como ter sido golpe, porque eu fiz a compra direto pelo aplicativo, O delegado fez a comparação e é o mesmo e-mail. Foi a Magalu. Eu fui chamada de 'macaca' pela Magazine Luiza", conta Susan.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado respondeu que o caso está sendo investigado. Também apontou que as autoridades policiais realizam diligências para identificar os responsáveis pela mensagem com teor racista.

Estadão
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