Ônibus, trens e bancos paralisam atividades em Porto Alegre
Entretanto, liminares da Justiça garantem circulação mínima de três e ônibus na sexta-feira
A cidade de Porto Alegre deve viver um dia de paralisações e protestos nesta sexta-feira. Sindicatos de diferentes categorias organizam atos contra o projeto de lei das terceirizações (PL 4330) e as Medias Provisórias 644 (sobre o fator previdenciário) e 665 (que muda as regras do seguro desemprego). Trata-se de uma forma de pressionar o Congresso por mudanças nas propostas, mas que pode caminhar para uma futura greve geral.
Por conta da paralisação de sexta, serviços de transporte público (ônibus e trens) e bancos devem ser afetados. Se uniram à paralisação ainda servidores municipais (em greve há mais de uma semana), estaduais, do judiciário e professores. No entanto o Tribunal Regional do Trabalho concedeu liminares nesta quinta-feira que garante a circulação de 30% dos ônibus e 50% dos trens nos horários de pico, sob risco da aplicação de multas que variam entre R$ 20 mil e R$ 30 mil.
Em Porto Alegre a mobilização é organizada pelo Sindicato dos Rodoviários, que apesar de ser ligado à Força Sindical, aderiu à mobilização nacional que é encabeçada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). Até agora: rodoviários, metroviários, professores, bancários, servidores municipais, estaduais e do judiciário aderiram à paralisação.
Trensurb
Os trens deixam de circular a partir da meia noite e não deve operar nem durante os horários de pico. No entanto, a direção da Trensurb tenta negociação com a categoria com ajuda do Ministério Público do Trabalho para manter a circulação mínima em casos de greve.
Ônibus
Já as empresas de ônibus entraram com uma ação na Justiça e conseguiram uma liminar que proíbe os bloqueios em frente as garagens das empresas de ônibus. A Polícia Militar foi notificada da decisão, e a multa em caso de descumprimento é de R$ 20 mil. Na paralisação ocorrida no dia 15 de abril foi montado um plano de emergência para garantir a circulação de veículos nas ruas.
Bancos
Não é possível determinar qual deve ser o impacto da paralisação, até mesmo porque não se trata de um serviço considerado essencial. No dia 15 de abril a adesão foi de 75%.
Servidores municipais, estaduais e do judiciário
Aderem à mobilização os servidores municipais que há mais de uma semana estão em greve por conta da falta de acordo com a prefeitura de Porto Alegre. Os funcionários públicos estaduais se unem à paralisação por conta da medidas e projeto em tramitação.
Já os servidores do judiciário organizam uma assembleia na manhã de sexta-feira para definir se a categoria entrará em greve.