Operação Escudo tem 24ª morte no Guarujá; suspeito portava submetralhadora, diz PM
Em um mês, foram presas na Baixada Santista 709 pessoas, das quais 272 eram foragidas da Justiça
Um homem de 31 anos foi morto durante um patrulhamento da Operação Escudo da Polícia Militar, no Sítio Cachoeira, no Guarujá, na Baixada Santista. Com essa, já são 24 as mortes decorrentes da operação, desencadeada após o assassinato do PM da Rota, Patrick Bastos Reis, em 27 de julho. As ações policiais que resultaram em mortes são investigadas pelas corregedorias das polícias.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, na tarde de terça-feira, 29, os policiais avistaram o suspeito com uma arma pendurada no ombro. Conforme o relato, ao ser abordado, o homem atirou em direção aos agentes e houve revide. O suspeito ferido foi levado a uma unidade de pronto-atendimento, mas não resistiu. As armas dos policiais que atiraram vão passar por perícia.
Os policiais informaram terem apreendido uma submetralhadora, um carregador de munição e um rádio-comunicador com o suspeito. O caso foi registrado na Polícia Civil como morte decorrente de intervenção policial, homicídio tentado e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.
Conforme a SSP, todas as mortes decorrentes de intervenção policial serão investigadas pelo Departamento de Investigações Criminais (Deic) de Santos. O Ministério Público Estadual também acompanha os casos.
De acordo com o balanço mais recente, desde 28 de julho, quando teve início a operação, até esta terça, além das 24 mortes, foram presas 709 pessoas, das quais 272 eram foragidas da Justiça. Os policiais apreenderam 90 armas e quase uma tonelada de entorpecentes. Não há um prazo fixado para encerrar a operação, que mobiliza policiais da região e da capital paulista.