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Operação investiga fraudes com criptomoedas no RS; empresas movimentaram mais de R$ 34 bilhões

Receita Federal e Polícia Federal miram esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas envolvendo criptomoedas

10 set 2024 - 10h17
(atualizado às 10h20)
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A Receita Federal, em parceria com a Polícia Federal, deflagrou na manhã desta terça-feira, 10 de setembro, a Operação Niflheim, voltada para investigar fraudes fiscais, como lavagem de dinheiro e evasão de divisas, por meio de operações com criptomoedas. A ação busca também possíveis esquemas de blindagem patrimonial.

A operação cumpre 23 mandados em Caxias do Sul (RS), São Paulo (SP), Fortaleza (CE) e Brasília (DF). O nome Niflheim, que na Mitologia Nórdica significa "Lar da Névoa", faz referência às transações obscuras realizadas pelos grupos investigados.

A principal empresa alvo, localizada em Caxias do Sul, movimentou mais de R$ 19 bilhões entre agosto de 2019 e maio de 2024. Uma segunda empresa da mesma cidade movimentou R$ 15 bilhões no mesmo período. As investigações indicam que essas empresas utilizaram criptomoedas para transações financeiras fora do controle oficial.

Esquema de fraude O esquema identificado operava em quatro níveis. No primeiro, estariam os sonegadores, que utilizavam criptomoedas para omitir receitas e subfaturar importações, evitando impostos. No segundo nível, empresas de fachada recebiam esses valores. O terceiro nível filtrava as operações, enquanto o quarto envolvia empresas legalmente autorizadas a operar câmbio e comercializar criptomoedas.

Mais da metade dos depósitos para um dos alvos da operação veio de pessoas com antecedentes criminais, como lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e contrabando.

Movimentações no Rio Grande do Sul Entre 2020 e 2024, 16.575 empresas gaúchas movimentaram mais de R$ 127,6 bilhões em operações com criptomoedas. No mesmo período, 75.025 pessoas físicas realizaram transações que totalizaram R$ 20,38 bilhões. Somando pessoas físicas e jurídicas, os valores movimentados por contribuintes no Rio Grande do Sul ultrapassaram R$ 148 bilhões.

A Receita Federal monitora essas operações com base na Instrução Normativa 1888/2019 e segue intensificando seus esforços para combater crimes envolvendo criptoativos.

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