Operação policial mira facção em resposta a chacina com cinco vítimas no Litoral Norte
Polícia Civil realiza ofensiva para prender suspeitos de execução em série ocorrida em Cidreira.
Na tarde do dia 10 de abril, criminosos armados atacaram duas reciclagens consecutivamente na Rua 22, bairro Parque dos Pinos, em Cidreira, litoral gaúcho. O incidente resultou em cinco mortes e dois feridos, deixando um rastro de terror na região. Uma das reciclagens foi incendiada pelos criminosos, que supostamente partiram da Região Metropolitana para cometer o crime.
A Polícia Civil, em resposta à chacina, iniciou na manhã desta terça-feira (30) a Operação Poseidon, visando os suspeitos dos ataques em série e pertencentes a uma facção que estaria ligada às execuções. A ação ocorre na Grande Porto Alegre e no Litoral Norte.
Quatro prisões preventivas estão sendo cumpridas, dois mandados em Porto Alegre e dois em Balneário Pinhal, aproximadamente oito quilômetros de Cidreira. Além disso, 16 mandados de busca e apreensão estão em execução, a maioria na Capital, onde nove locais estão sendo alvo das ações policiais. Há também três mandados em Gravataí e um em Viamão. No Litoral, dois mandados de busca em Balneário Pinhal e um em Balneário Quintão.
O delegado responsável pela investigação, Antônio Carlos Ractz Júnior, revelou que pelo menos cinco pessoas estiveram envolvidas no crime, deslocando-se da Região Metropolitana até Pinhal. O objetivo principal da ação era atacar pontos rivais, demonstrando a disputa entre facções pelo controle do tráfico de drogas na região.
A motivação para o crime foi a disputa entre facções, segundo as investigações. A área onde ocorreram as mortes em Cidreira é supostamente controlada por uma facção com origem no bairro Bom Jesus, na zona leste de Porto Alegre, que rivaliza com outras facções. O ataque teria sido organizado por uma coalizão de grupos criminosos que se opõem a essa facção.
O diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Mario Souza, afirmou que a investigação prosseguirá tanto na Capital quanto na Região Metropolitana, devido ao forte envolvimento dessas áreas no crime.
O ataque foi um episódio excepcional no Estado, sendo o único homicídio múltiplo do ano. Ainda aguarda-se a confirmação através de laudos de necropsia se todas as vítimas foram mortas a tiros antes do incêndio criminoso na reciclagem.
Os locais atacados ficam na Rua 22, bairro Parque dos Pinos. No primeiro, foram encontrados os corpos de três vítimas, e em um ponto próximo, outros dois homens foram assassinados a tiros. O roubo de um Fiat Uno também foi registrado durante o ataque, sendo o veículo localizado na tarde do dia seguinte à ação criminosa.