Os "Bala na Cara" ameaçam incendiar salas de meios de comunicação no RS
Aviso de grupo criminoso circula no WhatsApp e inclui ameaças ao 36º BPM e moradores de três bairros
A cidade de Farroupilha está em alerta após um áudio circulando pelo WhatsApp revelar ameaças de um grupo criminoso conhecido como "Bala na Cara". A mensagem, com a voz distorcida, adverte que salas de importantes meios de comunicação na região serão incendiadas caso não admitam a iminente guerra que se aproxima. Além disso, o grupo assume a autoria do recente homicídio de um jovem identificado como Gabriel Gonçalves, de 18 anos, alegando que o mesmo fingia pertencer à facção.
Na tarde desta sexta-feira, 04 de agosto, a equipe do NB Notícias obteve acesso ao áudio que se espalhou rapidamente por diversos grupos de WhatsApp em Farroupilha e arredores. Os integrantes do grupo "Bala na Cara" ameaçam os dois principais meios de comunicação da região com incêndios caso não noticiem a guerra que está prestes a acontecer. Além disso, o grupo reivindica a autoria do recente homicídio de Gabriel Gonçalves, justificando que ele pretendia integrar a facção de forma falsa, alertando outros jovens sobre possíveis consequências semelhantes.
No áudio, os criminosos também lançam ameaças diretas aos moradores de três bairros específicos - Primeiro de Maio, São José e Industrial. Eles ordenam que a partir das 22h, nos próximos dias, todos permaneçam em suas casas, pois pretendem realizar ataques com armas de fogo e incendiar residências. Os pais são alertados a ficarem atentos às atividades de seus filhos nas redes sociais, uma vez que o grupo promete punir com morte aqueles que utilizarem determinados sinais e expressões associadas a outras facções criminosas.
Além disso, a facção faz um pedido direto à polícia, especificamente ao 36º Batalhão de Polícia Militar. Eles exigem que os policiais não interfiram em seus planos, afirmando que desejam dominar a região para proporcionar assistência aos bairros periféricos, incluindo auxílio financeiro, alimentos e gás, alegando conhecer a difícil situação vivida por essas comunidades. Também prometem acabar com o comércio de drogas nessas áreas, pedindo desculpas pela violência necessária para alcançar seus objetivos.
As autoridades locais estão atentas à situação e trabalhando para garantir a segurança da população e manter a ordem na cidade