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Padilha recebe em Goiás 57 novos profissionais para o Mais Médicos

26 out 2013 - 12h05
(atualizado às 12h06)
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<p>Goiás recebeu neste sábado mais 57 profissionais do programa Mais Médicos</p>
Goiás recebeu neste sábado mais 57 profissionais do programa Mais Médicos
Foto: Mirelle Irene / Especial para Terra

O ministro da Saúde Alexandre Padilha e autoridades goianas receberam na manhã deste sábado em Goiânia um novo grupo de 57 médicos selecionados pelo programa Mais Médicos que atuarão no Estado. Nesta, que já é a segunda leva, a grande maioria dos profissionais são estrangeiros (52 vieram de Cuba), ao contrário do primeiro grupo, com 93 médicos, que já começou a trabalhar no mês passado, que tinha apenas 17 contra 76 brasileiros. Ao todo, 150 médicos encaminhados pela ação do governo federal devem atuar no Estado.

Após um treinamento de cerca de uma semana, de ambientação nas unidades locais, os médicos deste segundo grupo devem começar a atender a população no dia 4 de novembro, em 19 municípios. Padilha disse que a perspectiva do governo federal é trazer novos grupos a cada mês para atuar no Mais Médicos para, até março do ano que vem, atender a toda a demanda solicitada pelos municípios e contar com 13 mil médicos nos postos de saúde. "Enquanto tiver brasileiros e brasileiras precisando de atendimento médico perto da sua casa, o Ministério fará de tudo para trazer médicos brasileiros ou de outros países para atender", assinalou. Em Goiás, foram solicitados 481 profissionais.

Padilha avaliou que, após a resistência inicial das entidades classistas brasileiras médicas em relação ao Mais Médicos, a situação está se revertendo. "Vai diminuir. Tem grupos isolados, algumas lideranças médicas que sabem que erraram. Por exemplo, presidentes de conselhos regionais de Medicina falando que não iriam recomendar, que outros médicos brasileiros não atendessem casos vindos de médicos estrangeiros", citou. "Eu não sei em que código de ética médica, que tipo de juramento, uma pessoa como esta fez. Perceberam que erraram no tom. Este programa também ajuda quem atende em hospitais, porque fortalece a atenção básica de saúde", avalia.

Questionado se o Mais Médicos seria um dos responsáveis pela nova alta da popularidade da presidente Dilma Rousseff, Padilha diz que o governo conseguiu atender "com algo inovador" tanto a população quanto os prefeitos. Já o secretário de Saúde de Goiânia, Fernando Machado, diz que a capital já recebeu 26 médicos da primeira remessa que tem ajudado a suprir a demanda na atenção básica de saúde, em especial na saúde da família. "Com este reforço praticamente zeramos o déficit. Tínhamos dificuldades, já que todo momento surgem novas necessidades, principalmente nas áreas periféricas, onde há muita dificuldade de colocar médicos. E estes médicos do programa nos ajudam a supri-las", analisou, informando que com a nova leva serão mais cinco médicos atuando na capital. 

Oportunidade

A brasileira Sandra Salles, 35 anos, se formou em Medicina na Argentina e viu no Mais Médicos a chance de voltar ao Brasil após 17 anos morando em Buenos Aires. "Acho esta uma boa oportunidade e algo muito bom para o País", disse. Ela disse que, como foi bem recebida quando foi para a Argentina, espera que o mesmo aconteça com os médicos que vem do exterior aqui no Brasil. "A gente vem para trabalhar. Não estamos tomando o trabalho de ninguém", disse.

A colombiana Shirley Cerinza Vila, 24 anos, estudou Medicina em Cuba e está animada com o trabalho que a espera no Brasil. "É um oportunidade de eu poder praticar o que eu aprendi em Cuba, na atenção básica, trabalhar com prevenção e com pessoas que realmente necessitam", acredita.

Desembarque em outros Estados
As capitais que vão receber os médicos estrangeiros da segunda etapa do programa neste final de semana são Goiânia (GO), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Cuiabá (MT), Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC). Durante a próxima semana, os profissionais conhecerão os hospitais e clínicas especializadas dos Estados, antes de irem para os municípios onde trabalharão.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, receberá os médicos em Goiânia, São Paulo e Manaus, como parte de um esforço conjunto do governo federal para recepcionar os profissionais nos Estados. Ao todo, 2.180 médicos estrangeiros estão concentrados em quatro capitais – Brasília (DF), Fortaleza (CE), Vitória (ES) e Belo Horizonte (MG) –  participando do módulo de acolhimento e avaliação do Mais Médicos. A aprovação no curso é condição para a emissão do registro profissional provisório pelo Ministério da Saúde, sem a qual os médicos estrangeiros não podem atuar no Brasil.

ENTENDA O 'MAIS MÉDICOS'
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa.
- As vagas serão oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais.
- No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitará candidaturas de estrangeiros. Eles não precisarão passar pela prova de revalidação do diploma
- O médico estrangeiro que vier ao Brasil deverá atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios.
- Criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Fonte: Especial para Terra
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