Script = https://s1.trrsf.com/update-1725976688/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Padre é preso suspeito de abusar e gravar crime contra adolescente, forçar aborto e enterrar feto

Segundo as investigações, além de manter relações com a vítima, religioso pedia para que vítima trouxesse as amigas

21 ago 2024 - 12h58
(atualizado às 13h51)
Compartilhar
Exibir comentários
Vídeo mostra prisão de padre suspeito de pedofilia, exploração sexual, aborto e ameaça no Amazonas:

O padre Paulo Araújo da Silva, de 31 anos, foi preso suspeito por filmar e produzir cenas de sexo explícito com adolescente, exploração sexual, aborto e ameaça. O religioso foi detido neste domingo, 18, durante uma operação de combate à pedofilia deflagrada pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Coari. 

As investigações contra o padre foram iniciadas em setembro de 2023, após denúncias anônimas, recebidas pelo Disque 100, dos Direitos Humanos. A denúncia relatava que uma adolescente de 17 anos vinha sofrendo vários tipos de crimes, entre eles estupro, gravação de vídeos sexuais, aborto, ameaça e violência doméstica.

"Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão, sendo apreendidos diversos materiais que serão analisados. A Igreja Católica colaborou com as investigações. A polícia solicita que outras possíveis vítimas procurem a delegacia para registrar suas denúncias", afirmou em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, 19, o delegado-geral adjunto da PC-AM, Guilherme Torres. 

Padre Paulo Araújo da Silva, de 31 anos, foi preso pela Polícia Civil do Amazonas
Padre Paulo Araújo da Silva, de 31 anos, foi preso pela Polícia Civil do Amazonas
Foto: Reprodução/Diocese de Coari

Segundo o delegado José Barradas, da DIP de Coari, quando a adolescente apontada na denúncia anônima foi levada à delegacia para prestar depoimento, relatou que mantinha relações sexuais com o padre desde os 14 anos e que chegou a engravidar do religioso. Segundo ela, o suspeito a obrigou a abortar.

"Nesse contexto, entra a participação de Francisco Rayner Barros Batista, de 34 anos, que está foragido. Ele é amigo do infrator e foi o responsável por fornecer à adolescente um medicamento chamado Misoprostol, que ela ingeriu e resultou no aborto. O feto foi expelido no quintal da casa de Francisco Rayner e enterrado no local. Isso foi confirmado tanto por fotos quanto pelo depoimento da vítima", explicou o delegado.

Segundo Barradas, a adolescente também estava sofrendo muita violência psicológica, já que o padre a obrigava manter relações sexuais com ele e fazia constantes ameaças caso ela não continuasse. O suspeito dizia que "iria acabar com a vida dela, pois ela era sua e de mais ninguém". Com base nas investigações, a polícia representou à Justiça pelo mandado de busca e apreensão e preventiva dos envolvidos.

Prisão do padre

Durante a prisão do padre na paróquia, os investigadores encontraram ele na cama com uma jovem que tinha acabado de completar 18 anos, o que leva os investigadores a acreditarem que ele mantinha relações com essa jovem desde quando era menor de idade.

"Foram apreendidos mais de R$ 30 mil em espécie no quarto dele, além de mais de 260 vídeos de cenas de sexo com adolescentes e com outras pessoas. Todo o material vai ser analisado pela perícia, juntamente com o notebook dele", relatou o delegado.

A autoridade policial destacou que as investigações continuarão, já que outras pessoas podem estar envolvidas na atuação do padre. No depoimento das testemunhas, foi mencionado que o padre aliciava outras pessoas. Além de manter relações com essa vítima, ele pedia para que ela trouxesse outras amigas, para que todos tivessem relações sexuais em conjunto.

Os suspeitos vão responder por vários crimes, incluindo omissão de assistência a crianças e adolescentes, conforme o Art. 240 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), que prevê penas de 6 meses a 3 anos de detenção; estupro de vulnerável, conforme o Art. 218-B do Código Penal; aborto realizado por terceiro, previsto no Art. 125 do Código Penal, com pena de 1 a 3 anos de reclusão; e ameaça, conforme o Art. 147 do Código Penal, combinado com a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06).

O Terra tenta localizar a defesa dos investigados. O espaço segue aberto para manifestações. 

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade