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Paes: Réveillon do Rio terá queima de fogos de 16 minutos

Prefeito reconhece que haverá alguma aglomeração, mas defende evento em anúncio nesta quinta-feira

23 dez 2021 - 13h10
(atualizado às 13h18)
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Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro
Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro
Foto: Futura Press

Um Réveillon no Rio de Janeiro com menos gente, restrito aos moradores de Copacabana e de áreas próximas, é a proposta da prefeitura para a festa do fim de 2021. Mesmo assim, o prefeito Eduardo Paes (PSD) anunciou nesta quinta, 23, uma passagem de ano com 16 minutos de queima de fogos e 25 torres de som na orla. Suspendeu, porém, o estacionamento na orla e o transporte público - inclusive o Metrô, que fechará as estações no bairro às 20h - na noite do dia 31. O objetivo é desestimular grandes aglomerações, que facilitam a disseminação da covid-19.

"Este ano, estamos fazendo tudo ao contrário", resumiu Paes. "Geralmente, aumentamos o número de ônibus em circulação, mantemos o metrô aberto a noite toda; este ano não, quem não mora em Copacabana (ou não está hospedado no bairro) terá dificuldades para chegar. O que queremos justamente é desestimular o deslocamento. Que as pessoas busquem pontos de queima de fogos perto de suas casas."

Haverá outros nove pontos de foguetório oficial na cidade, além de Copacabana. Serão no Piscinão de Ramos, Igreja da Penha, Parque Madureira, Praia da Bica (na Ilha do Governador), Estádio de Moça Bonita (em Bangu), Praia de Sepetiba, Flamengo, Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes.

Em Copacabana, epicentro tradicional da festa, dez balsas lançarão quinze toneladas de fogos de artifício e 25 torres de som. Não haverá palcos nem shows. Mas a trilha sonora da festa está a cargo do DJ Mam.

'Réveillon do Rio é marco importante para a cidade', defende Paes

"O réveillon de Copacabana é um marco mundial, aparece em todas as TVs do mundo, e isso é importante para o Rio de Janeiro", afirmou Paes, defendendo a realização da festa. "Mas este ano vamos fazer uma coisa mais restrita aos moradores e pessoas de áreas mais próximas."

Já a partir do dia 30, estará proibida a entrada de vans e ônibus fretados na cidade, bem como o estacionamento na orla de Copacabana e ruas adjacentes. No dia 31, carros só poderão entrar no bairro até às 19h, exceto táxis com passageiro e veículos de moradores. As estações do Metrô e só reabrem ás 7h do dia primeiro. Também a partir das 20h os ônibus ficam proibidos de circular pelo bairro. Depois das 22h, o bloqueio é total.

A celebração em Copacabana em geral reúne cerca de dois milhões de pessoas. Para este ano, o prefeito não arriscou uma estimativa em número. Mas disse que a praia estará cheia "como num domingão de sol".

"Claro que teremos alguma aglomeração", reconheceu Paes. "Mas temos tido aglomerações todos os dias, nas praias, nos ensaios das escolas de samba, nos bares e restaurantes, inclusive em cidades que cancelaram o réveillon. Então temos que seguir as determinações dos comitês científicos, mas também temos que ser coerentes. O réveillon não pode ser a grande festa da hipocrisia, o vírus não escolhe só a noite do ano novo para aparecer."

Mais de 80% dos cariocas têm duas doses de vacina, diz prefeito

O prefeito lembrou que mais de 80% da população da cidade está vacinada com as duas doses da vacina e que a circulação do vírus é baixa. Portanto, acredita, pequenas aglomerações, sobretudo em espaços abertos, são seguras. Além disso, reforçou o prefeito, ele conta com a colaboração de bares, restaurantes e hotéis. Neles, não é permitida a entrada de pessoas sem a apresentação do certificado de vacinação.

No último fim de semana, a mulher e a filha do secretário de Cultura do governo de Jair Bolsonaro, Mário Frias, foram barradas em um hotel no Rio porque não apresentaram o certificado. O secretário reclamou nas redes sociais, indignado. "Esse é o padrão que gerou urticária no rapaz de Brasília", afirmou Paes. "Os hotéis ensinando aos negacionistas e terraplanistas que aqui não há espaço para eles."

Estadão
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