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Pai de santo e ex-bancária suspeitos de liderar esquema de agiotagem em Sapucaia do Sul

Dupla foi presa por aplicar juros abusivos e usar facção criminosa para extorquir vítimas

13 jul 2024 - 17h35
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A Polícia Civil está investigando um grupo criminoso envolvido em um esquema de agiotagem em Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana. Seis suspeitos foram presos nas últimas semanas, incluindo os dois supostos líderes: um pai de santo e uma ex-bancária conhecida como "Loira".

Foto: Polícia Civil / Reprodução / Porto Alegre 24 horas

De acordo com o delegado Gabriel Lourenço, da 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP) de Sapucaia, o grupo agia de forma organizada, com funções bem definidas. Os agiotas ofereciam empréstimos com altas taxas de juros e continuavam a cobrar das vítimas mesmo após a quitação, alegando juros adicionais.

Para garantir os pagamentos, capangas de uma facção ligada ao tráfico de drogas eram contratados para ameaçar e perseguir as vítimas. As extorsões identificadas até agora ocorreram em Sapucaia do Sul, mas o delegado não descarta a possibilidade de haver vítimas em outros municípios.

Na última quinta-feira (11), foram presos dois dos principais suspeitos: uma mulher conhecida como "Loira" e um pai de santo. O líder religioso foi detido em Alvorada, onde ficava sua casa de religião, sendo responsável por enviar mensagens ameaçadoras às vítimas. A ex-bancária foi presa em Itajaí, Santa Catarina, sendo uma das principais articuladoras do grupo. Com experiência no setor financeiro, ela também fazia ameaças às vítimas e ostentava uma vida de luxo nas redes sociais.

As investigações começaram com a denúncia de uma vítima que, após pegar um empréstimo, continuou a ser extorquida com ameaças de violência. Em junho, a 1ª DP deflagrou a Operação Vulturis, cumprindo 13 mandados de busca e apreensão e oito de prisão preventiva. Foram apreendidos celulares, carregadores, munições e armas de fogo.

A facção criminosa contratada para as cobranças agia de forma terceirizada, permitindo que os agiotas não precisassem se envolver diretamente nas ameaças. Parte dos lucros sustentava o estilo de vida luxuoso dos agiotas, enquanto a maior parte ia para pagar os serviços dos criminosos contratados.

Essa prática de usar mecanismos como a agiotagem para capitalizar valores para o tráfico tem se tornado comum, permitindo que as facções aumentem seus lucros e expandam suas operações.

Porto Alegre 24 horas
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