Parte de munição utilizada na execução de delator do PCC pertencia à PM de SP
Três policiais militares já estão presos sob a acusação de envolvimento no assassinato de Antônio Gritzbach
O exame balístico realizado pela Polícia Científica apontou que parte da munição utilizada na execução do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do PCC, pertencia a um lote adquirido pela Polícia Militar do Estado de São Paulo. A informação foi divulgada pelo telejornal Bora Brasil, da TV Band.
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Três policiais militares já estão presos sob a acusação de envolvimento no assassinato de Gritzbach, ocorrido em 8 de novembro de 2024, no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Segundo uma fonte ouvida pela TV, o resultado do exame balístico já era esperado pela força-tarefa que investiga o caso, já que os dois suspeitos de terem efetuado os disparos são da ativa da PM.
O laudo balístico conseguiu identificar a origem da munição por meio dos códigos dos cartuchos utilizados no crime, confirmando que parte dela foi adquirida pela Polícia Militar de São Paulo. Essa descoberta reforça as investigações que apontam os policiais militares como os responsáveis pelos disparos.
Além disso, o laudo necroscópico mostrou que foram realizados 34 disparos contra Gritzbach, dos quais oito o atingiram em diversas partes do corpo. Os atiradores utilizaram dois fuzis para cometer o crime.
A investigação ainda busca localizar o olheiro do crime, Kauê do Amaral Coelho, que fugiu de São Paulo e permanece foragido. A polícia também trabalha para identificar quem ordenou o assassinato e se houve mais de uma pessoa envolvida na decisão. A força-tarefa acredita que houve uma colaboração entre diferentes grupos para planejar e executar o assassinato, incluindo policiais e integrantes do PCC.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou ao Terra que as investigações sobre o homicídio seguem em andamento pela força-tarefa criada para esclarecer o caso.
Os policiais militares detidos no último dia 16, prestaram depoimento nesta terça-feira, 28, na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). "Detalhes serão preservados para garantir autonomia ao trabalho policial", acrescentou a pasta.