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Patroa presa suspeita de matar babá publicava vídeos com a vítima; veja

Em algumas dessas postagens, a suspeita e a vítima são vistas cantando e dançando juntas

30 ago 2024 - 16h07
(atualizado às 17h28)
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Patroa presa suspeita de envolvimento em morte de babá publicava vídeos com a vítima:

Kamila Barroso, presa pela Polícia Civil como principal suspeita pela morte de sua funcionária, a babá Geovana Costa Martins, de 20 anos, costumava postar vídeos nas redes sociais em que aparecia ao lado da vítima. Em algumas dessas postagens, as duas são vistas cantando e dançando juntas. 

Após a prisão da suspeita, a delegada Marília Campello falou em entrevista coletiva sobre o comportamento frio de Kamila. As investigações apontam que a patroa ameaçava e explorava sexualmente da vítima.

"[Uma] situação que chama a atenção da polícia é a desfaçatez dessa suspeita. Ela vai fazer o boletim de ocorrência com a mãe, fingindo que está aparando a mãe, vai fazer o boletim de desaparecimento, ela vai no velório, ela chora, ela diz que é uma segunda mãe da Geovana e infelizmente, no final, ela é realmente a grande suspeita", disse a autoridade policial.

A polícia prendeu Kamila na noite desta quarta-feira, 18, após a jovem ser encontrada morta no dia 20 de agosto, com sinais de espancamento, em uma área de mata do bairro Tarumã, zona oeste de Manaus (AM). O seu corpo foi identificado por familiares no domingo, 25.

Patroa presa suspeita de matar babá publicava vídeos com a vítima
Patroa presa suspeita de matar babá publicava vídeos com a vítima
Foto: Reprodução

"Vítima era mantida praticamente em cárcere", diz delegada

Kamila é suspeita de usar o imóvel em que morava com Geovana como ponto de prostituição, e forçar a jovem a realizar programas sexuais.

Segundo a delegada à frente do caso, a jovem começou a trabalhar para a suspeita como babá, mas depois foi "aliciada, atraída por uma vida de balada, de bebida". No entanto, pouco tempo depois a patroa teria passado a obrigá-la a permanecer em sua casa, impedindo-a de sair.

A residência de Kamila, descrita como uma "casa de massagem", não era apenas o local de trabalho de Geovana, mas também onde outras meninas, segundo apontam as investigações. Contudo, a vítima era a única que vivia permanentemente na casa e era mantida em isolamento.

De acordo com a delegada, a patroa impedia Geovana de manter qualquer tipo de relação, inclusive com seu ex-namorado. Em depoimento, o rapaz confirmou que a suspeita não permitia que a jovem se relacionasse "nem com ele, nem com ninguém de fora", pois queria mantê-la praticamente em cárcere.

A investigação também mencionou que, sempre que a vítima pensava em sair da casa, Kamila a lembrava de que estava em dívida e precisava trabalhar mais para pagá-la. Além disso, a investigada afirmava para a vítima que teria sido esposa do criminoso Mano Kaio, considerado um dos líderes do tráfico de drogas no Amazonas e foragido no Rio de Janeiro, para deixá-la com medo. 

"Tínhamos pressa de realizar essa prisão porque a Kamila tinha passagem marcada para a Europa. A família dela, a mãe, tios, moram na França, inclusive. A Geovana já tinha tirado o passaporte também, agora em junho. Então, provavelmente, haveria aí essa situação de levar a Geovana pra fora. A Kamila já foi presa tentando embarcar com drogas. Então, provavelmente, a Geovana serviria também de mula, além de ter que se prostituir fora do país", afirmou a autoridade policial. 

A Polícia Civil também encontrou uma foto de Geovana com sinais evidentes de tortura. Essa foto, segundo Marília, foi tirada na casa onde a babá foi mantida e posteriormente morta "A motivação [do crime] nós não temos como falar agora, porque ela nega que tenha praticado o crime", explicou a delegada, mas enfatizou que há indícios suficientes para a prisão da patroa da vítima

Ainda segundo as investigações, o carro utilizado para transportar o corpo da babá foi encontrado na posse de Kamila e de outro suspeito, Eduardo Gomes da Silva, que tem um mandado de prisão em aberto por outra acusação. Agora ele também é procurado por envolvimento nesse crime. 

O caso é investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

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Fonte: Redação Terra
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