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PF realiza operação contra suspeitos de corrupção em compra de telas interativas em São Leopoldo

Ação faz parte da segunda fase da Operação Rêmora, que mira irregularidades na contratação de telas interativas para salas de aula

12 dez 2024 - 10h32
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Na manhã desta quinta-feira (12), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação para investigar um suposto esquema de corrupção envolvendo a empresa Smart Tecnologia em Comunicações, o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Rio Taquari (Consisa VTR) e a prefeitura de São Leopoldo, no Vale do Sinos. A ação faz parte da segunda fase da Operação Rêmora, que mira irregularidades na contratação de telas interativas para salas de aula.

Foto: Reprodução / Porto Alegre 24 horas

A investigação, liderada pela Delegacia de Combate à Corrupção e Crimes Contra o Sistema Financeiro (Delecor), sob o comando do delegado Wilson Klippel Cicognani Filho, revelou indícios de que a Smart teria pago propinas para vencer um pregão e ser incluída na ata de registro de preços do Consisa VTR. Posteriormente, intermediários da empresa teriam negociado a adesão da prefeitura de São Leopoldo à ata, resultando na aquisição de 74 telas interativas em 2021, ao custo de R$ 2,3 milhões.

Mandados e alvos

Nesta fase da operação, a PF cumpre 11 mandados de busca e apreensão e ordens de bloqueio de valores. Entre os alvos estão o secretário estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Carlos Rafael Mallmann, Marcelo Augusto Mallmann, lotado no gabinete do governador Eduardo Leite, e Cliver André Fiegenbaum, diretor administrativo e financeiro da Metroplan. Apesar de atualmente ocuparem cargos no governo estadual, os três não estavam na administração à época dos fatos investigados.

Ricardo Giovanella, dono da Smart, também é investigado, mas não foi alvo de mandados nesta fase. O servidor Luiz Fernando Heylmann, da prefeitura de São Leopoldo, também é investigado e teve buscas realizadas em sua residência.

Esquema de propinas

De acordo com a PF, Carlos Rafael Mallmann teria recebido valores de representantes da Smart para facilitar a classificação da empresa no pregão. À época, ele atuava como assessor jurídico do consórcio e colaborava para superar contestações contra o resultado do pregão. Conversas interceptadas mostram indícios de negociações financeiras entre os envolvidos. Em uma delas, Carlos teria emitido um parecer técnico favorável à empresa, o que resultou em pagamentos suspeitos.

Após a vitória da Smart no pregão, representantes da empresa, junto com Luiz Fernando Heylmann, teriam articulado para que a prefeitura aderisse à ata de registro de preços do Consisa. Em dezembro de 2021, foram adquiridas 74 telas interativas com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Novas compras levantam suspeitas

No ano seguinte, em 2022, a prefeitura de São Leopoldo realizou outra aquisição de telas da Smart, dessa vez por meio de uma licitação própria. Foram compradas mais 303 telas interativas, ampliando as suspeitas sobre a dimensão e a necessidade desses equipamentos. As autoridades seguem investigando se houve novos desvios na segunda negociação.

A PF segue analisando os materiais apreendidos e os desdobramentos desta fase da Operação Rêmora. Se confirmadas as irregularidades, os responsáveis podem responder por corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.

Porto Alegre 24 horas
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