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PM é preso suspeito de matar mulheres e fazer assaltos em série no Maranhão

De acordo com as investigações, Ricardo Braz Oliveira teria sido responsável por um crime que ficou quatro meses sem solução

7 dez 2023 - 20h19
(atualizado às 22h58)
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PM é preso suspeito de matar mulheres e fazer assaltos em série
PM é preso suspeito de matar mulheres e fazer assaltos em série
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O policial militar Ricardo Braz Oliveira, de 42 anos, foi preso suspeito do assassinato de duas mulheres e de efetuar assaltos em série em cidades do Maranhão. De acordo com as autoridades que investigam os crimes, podem ter ocorrido mais casos além dos já descobertos pela polícia.

Segundo informações do UOL, o policial estava instalado no município de Zé Doca, com o 29ª Batalhão da PM, mas morava em Caxias, a quase 325 km de distância. As duas cidades são ligadas pela BR-316 e, segundo a polícia, era nesse trajeto e nas proximidades que ele abordava as vítimas. 

De acordo com as investigações, ele escolhia mulheres desacompanhadas em estradas, as atraía com ofertas de transporte e as roubava dentro do carro. As que resistiam, ele matava. 

Um dos primeiros casos aconteceu no início de setembro, no dia 6, no município de Peritoró. Maria Luzineta, de 43 anos, informou à Polícia Civil que estava na rodovia federal quando pegou uma carona com Oliveira para ir a um povoado próximo. 

Quando estava dentro do veículo, ele puxou uma faca. Ela tentou reagir, mas o policial puxou uma pistola. Temendo pela vida, Maria entregou os brincos, que eram de ouro, e R$ 520. Depois do roubo, ele a deixou às margens da rodovia. 

Na mesma época, Francilene de Jesus, Edivania Fernandes e Anaide Sousa denunciaram Oliveira pelo mesmo crime e com as mesmas características. 

Ao UOL, a Polícia Civil informou que o inquérito sobre esses casos já foi finalizado e que a Justiça aceitou as denúncias contra o suspeito, que agora responde como réu pelo crime de roubo majorado. 

Mortes

Além dos roubos, também há casos de assassinatos. Entre eles, o da autônoma de Matões do Norte Maria Lindinalva Carvalho, de 35 anos, que desapareceu após sair de casa para ir a um hospital para buscar informações sobre o estado de saúde de um primo. 

Com as mesmas características dos outros casos, Lindinalva aguardava um meio de transporte às margens da BR-135, por volta das 9h. Um veículo de passeio parou e a levou e, depois disso, ela desapareceu. Depois de cinco dias, seu corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição. 

Por meio da placa do carro, a polícia identificou Oliveira, que confessou, em depoimento, ter matado a mulher com uma facada nas costas. O PM disse que se passava por carro de lotação para abordar mulheres e "ganhar uma renda extra", porém, alegou legítima defesa, pois ela quem teria tentado assaltá-lo. 

A polícia desmentiu a versão a partir dos testemunhos das vítimas em outras cidades e das provas coletadas no veículo. 

O último caso foi o de Taís Lopes Santos, de 28 anos, que foi encontrada morta em uma estrada, com ferimentos na cabeça e no tórax. Após quase quatro meses de investigações, as autoridades encontraram o celular da jovem, que foi comprado por uma pessoa que afirmou ter adquirido o aparelho do policial. 

“Fizemos uma longa investigação, com vários delegados, e já temos muitas provas contra ele, de crimes em várias regiões. Esse cara só pode ser um psicopata. Só de mortes foram duas, além de vários assaltos. Porém, ainda investigamos porque pode ter muito mais [casos]”, disse Jair Paiva, delegado-geral da Polícia Civil do MA, ao UOL

Fonte: Redação Terra
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