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PM mata homem apontado como suspeito no Guarujá e número de mortos em operação chega a 27

Confronto teria começado depois que policiais foram informados de que um grupo de suspeitos estaria armado e realizando tráfico de drogas no Beco das Almas

17 fev 2024 - 16h35
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Um novo confronto entre policiais militares e suspeitos na Baixada Santista provocou a morte de um homem na manhã deste sábado, 17, no Guarujá, litoral de São Paulo. O caso aconteceu na Avenida Miguel Mussa Gaze, no Beco das Almas. O número de mortes na Operação Verão, deflagrada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP) para reprimir o crime organizado nas cidades litorâneas, chegou a 27.

De acordo com a SSP, o confronto deste sábado começou depois que policiais se deslocaram até o Beco das Almas, onde uma denúncia apontava que um grupo de suspeitos estaria armado e realizando tráfico de drogas no local. No endereço, os agentes se certificaram da atividade criminosa, mas foram notados pelos criminosos, segundo a pasta.

Ao perceberem a presença dos policiais, os suspeitos começaram a atirar, conforme relato da secretaria. Um dos agentes teria revidado e atingido o suspeito, que não resistiu. Os outros membros do grupo fugiram. Com o homem baleado, a polícia encontrou uma pistola 380 e um revólver calibre 38, que estava próximo do corpo. Também foi localizada e apreendida uma pochete com mais de 600 porções de drogas, entre maconha e cocaína.

A pasta informa que o armamento dos suspeitos, e a arma usada pelo policial, serão periciadas e passarão por exames residuográficos. A morte do suspeito foi registrada na Delegacia de Guarujá como homicídio - morte decorrente de intervenção policial, tráfico de entorpecentes e posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.

"O caso é investigado pela Polícia Civil, com acompanhamento do Ministério Público e do Poder Judiciário, da mesma forma que ocorre com todos os casos de morte em confronto na região", afirmou a SSP.

Mortes em confrontos com a polícia sobe para 27

Ao todo, 27 pessoas morreram em confrontos com policiais desde o início da Operação Verão. O número de óbitos começou a crescer desde a morte do soldado Marcelo Augusto da Silva, de 28 anos, do 38.º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, de São Paulo, mas que atuava pela operação na cidade de Praia Grande. Ele foi alvejado na madrugada do dia 26 de janeiro, quando transitava de moto na Rodovia dos Imigrantes, na altura de Cubatão.

Outros dois policiais também morreram em confrontos com suspeitos na cidade de Santos. Um deles foi o soldado Samuel Wesley Cosmo, da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), que foi atingido no rosto durante uma atividade de patrulhamento, em 2 de fevereiro. O outro foi cabo do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), José Silveira dos Santos, que morreu em um novo enfrentamento contra criminosos no dia 7 deste mês.

Corpo do cabo PM Jose Silveira dos Santos, que morreu após ser baleado durante patrulhamento no bairro Jardim São Manoel, em Santos, no dia 7 de fevereiro.
Corpo do cabo PM Jose Silveira dos Santos, que morreu após ser baleado durante patrulhamento no bairro Jardim São Manoel, em Santos, no dia 7 de fevereiro.
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

No mesmo dia da morte do cabo, Derrite transferiu o seu gabinete da capital para a sede do Comando de Policiamento do Interior Seis (CPI-6), na cidade da Baixada Santista e reforçou o policiamento na região.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, uma das 27 mortes é a do homem conhecido como "Danone", líder de uma facção criminosa "envolvida com o tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro, tribunal do crime e atentado contra agentes públicos".

Ao todo, 645 criminosos foram presos, e 155 quilos de drogas e 77 armas ilegais, incluindo fuzis de uso restrito, foram apreendidas, segundo a pasta.

Estadão
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