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PM reformado que baleou estudante no Rio é denunciado sob acusação de tentativa de homicídio

MPRJ o denunciou Carlos Alberto de Jesus à Justiça por duas tentativas de homicídio; caso aconteceu em fevereiro, no bairro da Penha

28 mar 2025 - 22h07
(atualizado às 22h58)
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O estudante Igor Melo de Carvalho foi baleado por um policial militar sob falsa acusação de ter roubado um celular no Rio.
O estudante Igor Melo de Carvalho foi baleado por um policial militar sob falsa acusação de ter roubado um celular no Rio.
Foto: Reprodução/Fantástico/TV Globo

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o policial militar reformado Carlos Alberto de Jesus, que baleou o estudante Igor Melo de Carvalho, sob acusação de tentativa de homicídio. A denúncia foi oferecida à Justiça nesta quinta-feira, 27.

De acordo com o MPRJ, a denúncia inclui duas tentativas de homicídio duplamente qualificado, pois, além de Igor, Thiago Marques Gonçalves também foi alvo do policial. Thiago trafegava de motocicleta pela rua na madrugada de 24 de fevereiro, quando foi atingido. O policial suspeitou que os dois haviam roubado um celular. Durante a ação, o estudante Igor foi baleado e perdeu um órgão.

Ainda segundo a Promotoria, após o ocorrido, Josilene da Silva Souza, dona do celular roubado, prestou depoimento à polícia alegando que uma das vítimas tentou sacar uma arma antes dos disparos. Por conta disso, ela também foi denunciada pelo MPRJ por crime de falso testemunho.

“A falsa declaração levou à prisão equivocada dos dois homens. Posteriormente, Josilene apresentou outras versões contraditórias dos fatos. A acusação contra as vítimas foi arquivada pelo MPRJ em 8 de março de 2025”, informou o MPRJ.

O Terra não localizou a defesa dos citados. O espaço segue aberto e será atualizado em caso de pronunciamento.

Universitário é recebido com festa em bar onde trabalha após ser baleado por engano:

"Só quero voltar a ser feliz"

Após perder um rim e precisar de uma cirurgia para reparar o estômago e a musculatura das costas, o estudante Igor Melo de Carvalho, de 31 anos, teme agora por sua saúde mental. Fisicamente ele está se reconstruindo, mas tem dúvidas se conseguirá a ser quem era antes, após ser perseguido e baleado por um policial militar reformado.

"Eu só quero voltar a ser feliz", disse Igor em entrevista ao Fantástico, programa da TV Globo, exibido no início do mês, dia 9, um domingo. "Fisicamente, graças a Deus, eu vejo que eu estou muito bem. Muito bem mesmo. Mas psicologicamente, acho que a reconstrução vai ser muito grande ainda. E muito árdua", complementou.

O estudante trabalhava como garçom na noite do ocorrido e havia acabado de sair do trabalho em uma casa de samba, na Zona Norte do Rio de Janeiro, quando foi perseguido junto com o mototaxista que o levava para casa. Na faculdade de Jornalismo e Publicidade, Igor participa de transmissões esportivas online.

"Eu sinto que eu nasci pra ser jornalista. Eu vou conseguir. Eu sou muito alegre e muito feliz. Eu acho que agora o meu maior medo, assim, é... Eu espero que não, mas é perder essa alegria", afirmou.

Junto com ele, o motociclista Thiago Marques Gonçalves também guarda o trauma daquela madrugada. Ele não chegou a ser atingido por nenhum tiro, mas ficou preso por dois dias por engano. 

"Eu sou pai de duas crianças, trabalhador. Trabalho desde os meus 13 anos de idade. E eu sou isso aí. Sou trabalhador, sou sobrevivente, acima de tudo. A gente quer que o cara que causou isso tudo pague pelo que ele fez. Porque eu paguei por algo que ele fez. Eu fiquei preso", contou à emissora.

O policial militar reformado Carlos Alberto de Jesus, autor dos disparos, está sendo investigado pela corregedoria da corporação. Seu advogado afirmou na ocasião que ele estava atendendo a um pedido de sua namorada, Josilene da Silva Souza, que teria sido assaltada na região. Em um primeiro depoimento, eles afirmaram terem visto uma arma com Igor. Mas, no segundo, os dois corrigiram a informação e a mulher disse ter visto "um volume na cintura" do estudante, que deduziu se tratar de uma arma.

Fonte: Redação Terra
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