Polícia aborda jovens em shopping de SP e 'rolezinho' é cancelado

Policiais Civis abordaram um grupo de 10 jovens que se preparavam para participar de um "rolezinho" no Shopping Center Norte, popular centro comercial na zona norte de São Paulo, antes mesmo de o evento começar neste sábado. O "rolezinho" acabou não acontecendo.

Antes mesmo de o "rolezinho", que estava marcado para as 16h, começar, agentes da Polícia Civil já aguardavam no estacionamento do centro comercial. Por volta das 16h40, o grupo de dez jovens - nove deles menores -, que incluía o responsável por organizar o evento no Facebook, chegou ao local e se dirigiu para um supermercado, mas logo foram parados. 

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Segundo a polícia, esses jovens foram citados, o que significa que, se eles voltarem a ser encontrados nos shoppings organizando "rolezinhos", podem ser notificados e multados em R$ 10 mil. No caso dos menores, os notificados serão os pais. Os policiais explicaram que têm um dossiê feito a partir de informações retiradas de perfis no Facebook. 

"Eu já estava indo embora porque os policiais falaram que não era para a gente ficar parado, que era para circular", disse um dos meninos, identificado como R.A., 17 anos. "Levei ameaças de seguranças, falando que iam quebrar minhas pernas e arrancar minha cabeça". 

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R.A., responsável por criar o evento no Facebook, disse que o grupo só foi ao shopping para ver "se tinha alguma menina" e "dar uma volta". "Não interrompemos nem atrapalhamos o ambiente do shopping". 

Questionado se tinha informação sobre a liminar emitida pela Justiça proibindo a realização do evento no shopping, o adolescente disse desconhecer a decisão. "Se chegasse algo para a gente, eu cancelaria o evento pelo Facebook", disse. "Viemos aqui ver se dava para fazer o rolê, mas não teve". 

"O shopping é da hora", diz MC que participa de "rolezinhos":

"Um monte de playboy pode dar rolê, mas a gente, com o nosso naipe e nossa roupa, não podemos", acrescentou.

Sem se identificar, um policial disse que as autoridades foram acionadas pelo shopping. "Paramos eles para averiguação, pois eles estão identificados pelo Facebook. Todos (os policiais) estão com as fotos do pessoal (organizadores)".