Polícia Civil indicia nove pessoas por crimes em contratos de pedágio da EGR
Investigação revela esquema de favorecimento ilegal em contratos assinados em 2019
Após um extenso período de investigação, a Delegacia de Polícia de Combate à Corrupção concluiu o inquérito que apurava irregularidades em contratos de arrecadação de pedágio para a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). O inquérito foi encaminhado para a 9ª Vara Criminal de Porto Alegre.
Uma operação realizada em junho de 2022, denominada Nossa Praça, levantou as suspeitas que resultaram nesses indiciamentos. De acordo com o delegado Max Ritter, nove pessoas foram indiciadas, porém seus nomes não foram revelados devido à Lei de Abuso de Autoridade.
Segundo Ritter, os indiciados responderão por crimes como modificação ou pagamento irregular em contrato administrativo, associação criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva. A investigação apontou para um esquema que envolveu a formação de cartel, superfaturamento e repasse ilegal de R$ 22,2 milhões em um contrato de prestação de serviços assinado em 2019, a partir de uma licitação realizada em 2018.
Durante a operação, foram temporariamente presos o ex-diretor presidente da EGR, Marcelo Gazen, e o ex-supervisor executivo da estatal, Cleber Domingues.
A investigação revelou que Marcelo Gazen teria ordenado a suspensão e posterior revogação de uma licitação em andamento. A EGR, nesta semana, relançou a contratação de empresas responsáveis pela arrecadação de pedágio em seus pontos, dividindo o edital em dois lotes.
Atualmente, a EGR é responsável por 630,62 quilômetros de rodovias em 15 trechos rodoviários.