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Polícia faz operação para prender suspeito de envolvimento na morte do delator do PCC

Mais de 100 policiais realizam buscas em 20 endereços na manhã desta quinta, 13. Antônio Vinícius Lopes Gritzbach foi executado no dia 8 de novembro de 2024

13 fev 2025 - 08h37
(atualizado às 09h05)
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Delator foi executado em novembro de 2024.
Delator foi executado em novembro de 2024.
Foto: Italo Lo Re /Estadao / Estadão

A Polícia Civil de São Paulo cumpre, na manhã desta quinta-feira, 13, mandados de prisão e apreensão contra suspeitos de envolvimento na morte do delator do PCC, Antônio Vinícius Lopes GritzbachO empresário foi executado no dia 8 de novembro de 2024, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Mais de 100 policiais participam da ação.

A operação é mais um desdobramento das investigações do caso. No início deste mês, um delegado citado nas investigações foi alvo de buscas. Ele teria recebido pagamentos periódicos com dinheiro decorrente de corrupção policial em favor da facção.

Segundo apurado pelo Estadão, Gritzbach foi assassinado por policiais militares contratados por Ademir Pereira de Andrade e Emílio Carlos Castilho, o Cigarreiro, ambos traficantes da facção. O PCC teria oferecido R$ 3 milhões pela morte do delator. 

Antônio Vinícius Lopes Gritzbach foi morto no Aeroporto de Guarulhos (SP)
Antônio Vinícius Lopes Gritzbach foi morto no Aeroporto de Guarulhos (SP)
Foto: Reprodução/TV Record

No final de janeiro, a Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo indiciou policiais militares presos por suspeita de participação no assassinato. No total, 17 PMs foram presos desde o dia 16 de janeiro deste ano.

Dos 17 PMs presos, três são acusados diretamente de matar o delator enquanto outros 14 fariam a escolta do empresário. De acordo com as investigações, os agentes têm envolvimento com o crime organizado.

Gritzbach estava no centro de uma das maiores investigações feitas até hoje sobre a lavagem de de dinheiro do PCC em São Paulo, envolvendo os negócios da facção na região do Tatuapé, zona leste paulistana.

Mais quatro PMs são afastados e investigados por envolvimento na morte de delator do PCC:

Quem era o delator Antônio Vinícius Gritzbach?

Antonio Vinicius Lopes Gritzbach estava no centro de uma das maiores investigações feitas até hoje sobre a lavagem de de dinheiro do PCC em São Paulo, envolvendo os negócios da facção na região do Tatuapé, zona leste paulistana.

Sua trajetória está associada à chegada do dinheiro do tráfico internacional de drogas ao PCC. Ele fechara acordo de delação premiada em abril do ano passado. Em reação, a facção pôs um prêmio de R$ 3 milhões pela sua cabeça.

Gritzbach era um jovem corretor de imóveis da construtora Porte Engenharia quando conheceu o grupo de traficantes de drogas de Anselmo Bechelli Santa Fausta, o Cara Preta. Vinícius Gritzbach foi demitido pela empresa em 2018.

Foi a acusação de ter mandado matar Cara Preta, em 2021, que motivou a primeira sentença de morte contra ele, decretada pela facção.

Para a polícia, Gritzbach havia sido responsável por desfalque em Cara Preta de R$ 100 milhões em criptomoedas e, quando se viu cobrado pelo traficante, decidira matá-lo. O empresário teria contratado Noé Alves Schaum para matar o traficante.

O crime foi em 27 de dezembro de 2021. Além de Cara Preta, o atirador matou Antonio Corona Neto, o Sem Sangue, segurança do traficante. Conforme as investigações, Schaum foi capturado pelo PCC em janeiro de 2022, julgado pelo tribunal do crime e esquartejado por um criminoso conhecido como Klaus Barbie, referência ao oficial nazista que atuou na França ocupada na 2ª Guerra, onde se tornou o Carniceiro de Lyon.

Estadão
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