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Polícia Militar confirma 46 presos durante confusão em protesto no Rio

12 jul 2013 - 15h02
(atualizado às 15h06)
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A Polícia Militar divulgou nota nesta sexta-feira onde confirma que 46 pessoas foram presas durante o confronto no protesto de quinta-feira à noite no Rio de Janeiro. Destas, nove foram em flagrante. De acordo com a corporação, um policial foi ferido na cabeça por uma pedrada. 

 

Segundo a PM, 150 policiais participaram da ação no centro do Rio. O comunicado diz que, por volta das 19h30, indivíduos mascarados, vestidos de preto, começaram a praticar atos de vandalismo. "Lixeiras foram incendiadas, tapumes de lojas foram arrancados, bem como foram arremessados morteiros, pedras e bombas em direção a prédios e pessoas. Houve a intervenção da PM para conter o grupo com a utilização de munição química. Foi necessário também o acionamento do Batalhão de Choque em razão dos violentos atos de vandalismo", informou a nota.

O comunicado traz ainda que, na região do Palácio Guanabara, um grupo infiltrado entre os manifestantes arremessou um coquetel molotov em direção ao prédio e morteiros foram atirados contra a tropa da Polícia Militar, que reagiu com o emprego de armamento não letal.

Segundo a Polícia Civil, Rodrigo Faria Barreto, 20 anos, Armando Herz de Faria, 19, e Francisco Iranildo Nunes Alves, 24, foram presos em flagrante na avenida Chile, no centro, por arremessar pedras em policiais militares, ônibus e lojas. Eles foram autuados por formação de quadrilha, lesão corporal, desobediência e corrupção de menores. O grupo estava acompanhado de dois adolescentes de 17 anos que vão responder pos crimes de lesão corporal, desobediência e formação de quadrilha. 

Em depoimento na delegacia de Mem de Sá, um adolescente contou que atua como "enfermeiro" do grupo Black Bloc, grupo que se denomina anarquista nas redes sociais. Segundo ele, a sua função seria socorrer integrantes do grupo possivelmente feridos. O adolescente foi indiciado por fato análogo a formação de quadrilha e não quis prestar depoimento, reservando-se ao direito de permanecer calado. Ele foi liberado e entregue aos pais, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Outros quatro adultos foram detidos no centro - dois por dano ao patrimônio, após depredarem um ônibus, e outros dois por porte de canivete e soco inglês. Eles vão responder em liberdade, já que os crimes citados não preveem prisão. 

De acordo com a Polícia Civil, dos 23 manifestantes levados para a 9ª Delegacia de Polícia (Catete), oito foram autuados e liberadas após assinarem o termo circunstanciado. Um adolescente foi apreendido e encaminhado à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e outro liberado após termo de responsabilidade dos pais. Na 12ª Delegacia de Polícia, (Copacabana) um pessoa irá responder por desacato.

Greve geral
Milhões de trabalhadores prometem cruzar os braços e paralisar serviços fundamentais como bancos, indústria, obras, transporte público e construção civil em várias cidades. Entre as entidades que aderiram a paralisação nacional estão a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), além do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da União Nacional dos Estudantes (UNE). 

Chamado pelos sindicatos de greve geral, o movimento - que pegou carona na onda de protestos que atingiu diversas cidades brasileiras em junho - é o quarto desse tipo em 190 anos, desde a Independência (7 de setembro de 1822). Em 2013, a novidade é a unificação dos sindicatos e movimentos sociais em uma pauta que cobra o avanço do Brasil. 

 
 
Fonte: Terra
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