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Polícia pede prisão de ex-presidente da Samarco e mais 6

23 fev 2016 - 17h03
(atualizado às 18h07)
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Ricardo Vescovi, presidente licenciado da Samarco
Ricardo Vescovi, presidente licenciado da Samarco
Foto: Cristiane Mattos / Futura Press

A Polícia Civil de Minas Gerais pediu nesta terça-feira a prisão preventiva de sete pessoas, entre elas o presidente licenciado da mineradora Samarco, pelas mortes provocadas pelo rompimento de uma barragem de contenção dessa empresa em novembro do ano passado.

O presidente licenciado da Samarco, Ricardo Vescovi, e o ex-diretor geral de Operações, Kléber Terra, estão entre os sete acusados formalmente pela polícia de homicídio qualificado por dolo eventual, além de poluição de água potável. O acidente, que provocou o que já é considerado o maior desastre ambiental do Brasil, deixou 17 mortos e dois desaparecidos, que são considerados como falecidos pelas autoridades.

A investigação da Polícia Civil, que durou três meses, começou em 6 de novembro, um dia depois da ruptura da barragem da Samarco, controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP. O perito Otávio Guerra concluiu que o acidente aconteceu por um colapso na estrutura devido a uma liquefação, que provocou o acúmulo de água.

Foto: Rogério Alves/TV Senado

A polícia explicou em entrevista coletiva que detectou erros no controle dos diques, assim como equipamentos com defeitos, o que contribuiu para o rompimento da barragem.

A Samarco enfrenta vários processos na Justiça como consequência da tragédia que atingiu o estado de Minas Gerais, sepultando vários municípios e provocando vários danos ambientais e econômicos na região. Ontem a Justiça bloqueou R$ 500 milhões da Samarco e suas controladoras para garantir o financiamento da reconstrução da cidade de Barra Longa, uma das mais devastadas.

A sentença ordenando o bloqueio indica que a Samarco e suas controladoras deverão apresentar nos próximos 30 dias um projeto para recuperar e reparar "integralmente" todos os bens públicos e infraestruturas que foram danificadas na cidade, sobre pena de uma multa diária de R$ 500 mil.

Foto: Agência Brasil
EFE   
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