Polícia prende 9 suspeitos de sequestrar a modelo Luciana Curtis e a família
A modelo, o marido e a filha foram sequestrados em São Paulo em novembro de 2024; além dos nove já presos, outros três suspeitos já têm mandados de prisão emitidos
Nove suspeitos foram presos e outros três já têm mandado de prisão temporária emitida por suspeita de envolvimento no sequestro da modelo Luciana Curtis, seu marido e sua filha em novembro de 2024. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), as 12 pessoas supostamente fazem parte de uma quadrilha de sequestradores.
A operação de prisão da quadrilha foi deflagrada pela Delegacia Antissequestro (DAS) da Polícia Civil de SP nesta quinta-feira, 23, com o apoio de outros grupos especiais de operação policial do Estado. Além das prisões, foram emitidos e estão sendo cumpridos 14 mandados de apreensão contra a quadrilha, nas cidades de São Paulo, Guarulhos e Suzano.
Luciana, o marinho e a filha foram sequestrados em 27 de novembro quando saíram de um restaurante na Lapa, na zona oeste da capital paulista. Os criminosos interceptaram o carro da família e levaram os três até um cativeiro na região da Brasilândia, na zona norte da cidade, onde permaneceram até o dia 28, conforme a SSP.
"Sob ameaças, eles mantiveram a família no local e realizaram transferências bancárias. A Polícia Civil foi acionada e, após investigação, conseguiu descobrir o local do cativeiro. As vítimas foram libertadas, mas, na ocasião, ninguém foi preso", explica a pasta de segurança pública do Estado.
Em 30 de novembro, uma mulher envolvida no crime foi identificada. Conforme as investigações, ela lavava dinheiro para a quadrilha por meio da lotérica em que trabalhava.
"Após a prisão dela, os demais envolvidos foram identificados e os investigadores conseguiram, junto à Justiça, a expedição dos mandados, que são cumpridos hoje na Operação Crisandália", diz a SSP.
Relembre o caso
Modelo internacional com campanhas para marcas como Revlon e L'Oreal e desfiles para Victoria's Secret, Luciana Curtis estava com o marido, o fotógrafo Henrique Gendre, e uma das filhas.
O trio jantou em um restaurante de comida japonesa que fica na Avenida Pio XI, na Lapa. Ao sair do estabelecimento, foi abordado por um grupo de sequestradores - não foi divulgado quantos eram no momento da abordagem.
Os criminosos renderam o casal e a filha, que foram obrigados a entrar no veículo da própria família e levados até uma favela em Parada de Taipas. Mantidos sob armas dentro de um casebre, foram obrigados a fazer transferências bancárias.
Na manhã seguinte, outra filha do casal, que não havia acompanhado a família e estava em casa, estranhou a ausência dos pais e da irmã e avisou um tio. A família, então, acionou a Polícia Civil, e a Divisão Antissequestro (DAS) iniciou a investigação.
Por meio do georreferenciamento do telefone celular de uma das vítimas, os agentes descobriram o local aproximado onde elas estavam e foram até lá. Porém, antes que os policiais descobrissem o local exato do cativeiro, os sequestradores libertaram as três vítimas e fugiram.
Na rua do cativeiro, cerca de 12 horas após o início do sequestro, o trio pediu auxílio a funcionários municipais que passavam por ali e foram acolhidos. A polícia encontrou o cativeiro vazio e iniciou, então, o processo de investigação sobre o caso e a quadrilha.