Polícia prende acusados de furtar combustível da Petrobras
Grupo teria causado prejuízos de R$ 1 milhão, segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro
A Polícia Civil do Rio de Janeiro lançou na manhã desta quarta-feira, 14, uma operação para cumprir mandados de prisão contra acusados de integrarem organização criminosa especializada em furtos de combustíveis de dutos da Petrobras na região.
Esse grupo, contra o qual foram emitidos sete pedidos de prisão, teria causado prejuízos para a estatal estimados em 1 milhão de reais, segundo comunicado da Polícia Civil.
A ação policial recebeu nome de "Operação Baú" porque os criminosos estariam transportando os combustíveis furtados em caminhões tipo baú adaptados, ao invés dos tradicionais caminhões-tanque, "buscando dissimular o produto furtado", disseram as autoridades.
Em junho, a unidade de logística da Petrobras, Transpetro, disse que registrou uma redução de 60% nos furtos em seus dutos em São Paulo após investimentos anunciados para combater esse tipo de crime. Na época, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse que os furtos custavam à Transpetro mais de 150 milhões de reais por ano.
A Polícia Civil disse que "vem intensificando ações de inteligência" contra os grupos que atuam com esses crimes e alertou sobre a "periculosidade" dos envolvidos nas atividades.
Segundo os policiais, o grupo alvo dos mandados de prisão nesta quarta-feira usava armas de fogo durante os furtos e ainda atuava em conjunto com "batedores", que iam à frente dos caminhões-baú após os crimes para avisarem sobre eventual presença de fiscalização nas estradas.
Procurada, a Petrobras não pôde responder de imediato a pedidos de comentário sobre a operação policial.