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Polícia prende empresário suspeito de lavar dinheiro do PCC

Policiais fizeram buscas numa das sorveterias e na residência do suspeito e apreenderam mais de 20 quilos de crack, cocaína e maconha

1 mar 2019 - 17h46
(atualizado às 19h54)
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Um empresário suspeito de lavar até R$ 2 milhões por mês para a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) foi preso nesta sexta-feira, 1º, numa operação da Polícia Civil, em Sorocaba, interior de São Paulo. De acordo com a investigação, o suspeito comandava a contabilidade de pontos de venda de drogas na zona norte da cidade e utilizava seus estabelecimentos comerciais para dar aparência legal ao dinheiro. Agnaldo Ferreira Pires, de 42 anos, é dono de quatro sorveterias, um buffet infantil e uma chácara de eventos na cidade.

O suspeito foi preso em sua casa, localizada em condomínio de alto padrão, na zona industrial do município. Com apoio da Guarda Civil Municipal, a polícia fez buscas numa das sorveterias e na residência do suspeito, onde foram encontradas drogas prontas para distribuição. No total, foram apreendidos mais de 20 quilos de drogas, totalizando 7,2 mil porções de crack, cocaína e maconha. Os policiais apreenderam uma máquina de contar dinheiro, cadernos de anotações e rádio comunicadores, além de um veículo.

Empresário Agnaldo Pires, suspeito de lavar dinheiro do PCC, foi preso em sua casa, em um condomínio de alto padrão, em Sorocaba
Empresário Agnaldo Pires, suspeito de lavar dinheiro do PCC, foi preso em sua casa, em um condomínio de alto padrão, em Sorocaba
Foto: Polícia Civil/Divulgação / Estadão Conteúdo

As investigações aconteciam desde o ano passado, quando a polícia prendeu pessoas ligadas ao tráfico na zona norte de Sorocaba. Pires foi apontado como um dos mais influentes líderes do PCC na cidade. De acordo com a Polícia Civil, enquanto cada sorveteria do empresário tinha um lucro real de cerca de R$ 2 mil mensais, o lucro obtido com o tráfico podia chegar a R$ 2 milhões. Depois de distribuir a droga aos 'gerentes' de pontos de tráfico, o empresário recolhia o dinheiro dos traficantes e repassava para outros membros da facção, ficando com uma parte. Para lavar o dinheiro, o empresário inflava o lucro das sorveterias.

O empresário responde a processo por corrupção ativa desde o ano passado, quando teria tentado subornar policiais militares. Ele deve ser levado para audiência de custódia, no plantão judiciário, na manhã deste sábado, 2. A rede de sorveterias divulgou nota destacando a idoneidade de seus negócios. A defesa de Pires informou que ainda buscava mais informações sobre as acusações contra ele e se manifestará oportunamente.

Estadão
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