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Polícia prende suspeitos de envolvimento na morte de advogado no RJ

Advogado foi morto a tiros a poucos metros da sede da OAB-RJ

5 mar 2024 - 17h04
(atualizado às 20h15)
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Rodrigo Marinho Crespo foi morto a tiros no centro do Rio de Janeiro
Rodrigo Marinho Crespo foi morto a tiros no centro do Rio de Janeiro
Foto: Reprodução/Facebook

Mais dois suspeitos de envolvimento no assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo foram presos nesta terça-feira, 5. Eles são Eduardo Sobreira Moraes e o policial militar Leandro Machado da Silva. O advogado foi morto a tiros no dia 26 de fevereiro, a poucos metros da sede da Ordem dos Advogados do Brasil na capital do Rio de Janeiro (OAB-RJ). Cezar Daniel Mondego de Souza também foi preso nesta terça.

Eduardo e Leandro já haviam sido alvos da operação realizada na segunda-feira, 4, quando os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados a eles, mas não conseguiram encontrá-los. Vendo que o cerco estava se fechando, após a captura de Cezar, ambos se apresentaram na sede da Delegacia de Homicídios.

Souza e Moraes teriam sido os responsáveis por monitorar o advogado dias antes do crime e também na manhã e na tarde do dia do assassinato. A dupla usava um carro modelo Gol branco similar ao dos atiradores, que foi filmado por câmeras de segurança. O carro foi entregue para Moraes pelo PM Leandro Machado da Silva. Segundo a investigação, Silva teria planejado o crime.

A PM informou que Silva já estava afastado do serviço nas ruas porque é investigado em um outro inquérito por participação em organização criminosa, tendo sido preso preventivamente em abril de 2021. Também já havia sido instaurado um procedimento administrativo disciplinar pela Corregedoria, que pode resultar na expulsão dele da corporação.

A prisão temporária de Souza foi realizada por agentes da Delegacia de Homicídios da capital e determinada pelo plantão judiciário do Tribunal de Justiça. A polícia atua para identificar outros possíveis envolvidos e apurar a motivação do crime.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, até o momento, apenas a possibilidade de latrocínio não é considerada como motivação pelos investigadores do caso. Mas nenhuma outra hipótese foi descartada. 

Relembre o caso

O crime ocorreu por volta das 17h, na Avenida Marechal Câmara, próximo à OAB e Marinho & Lima Advogados, escritório em que era sócio-fundador. De acordo com testemunhas, os criminosos estavam em um veículo branco. 

De acordo com a polícia, o veículo em que o assassino chegou estacionou em uma fila dupla. Na sequência, ele saiu do banco traseiro, deu cerca de três passos e, em seguida, iniciou os primeiros disparos. Ao que parece, um dos criminosos chegou a chamá-lo antes dos tiros. 

O criminoso continuou atirando contra o advogado, que já estava caído no chão. Após o ataque, o assassino retornou rapidamente para o veículo, que estava com a porta aberta. Ainda de acordo com a polícia, toda a ação durou apenas 14 segundos.

O advogado tinha o hábito de descer do escritório para tomar café e conversar com as pessoas. O crime foi registrado pelas câmeras de segurança da área e, segundo informações de policiais civis, o criminoso teria efetuado pelo menos 15 disparos de uma pistola 9 mm. Investigadores recuperaram mais de dez  cápsulas no local.

Quem era Rodrigo?

Rodrigo Marinho Crespo se formou em Direito no ano de 2005, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), e era sócio-fundador do escritório Marinho & Lima Advogados. O advogado também se especializou em Direito Civil Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O profissional tinha experiência em Direito Civil Empresarial com ênfase em Contratos e Direito Processual Civil. O escritório em que atuava fica localizado na Avenida Marechal Câmara, mesma rua em que ele foi morto. No endereço, também estão localizadas a sede da Defensoria Pública, do Ministério Público estadual e da OAB.

Fonte: Redação Terra
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