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Policiais fazem carreata na região central de SP em protesto

Segundo associação, PMs querem pressionar contra votação de projeto de aumento de 7% à categoria na Alesp

22 out 2013 - 15h54
(atualizado às 21h52)
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Segundo organizadores, protesto reuniu cerca de 3,5 mil pessoas
Segundo organizadores, protesto reuniu cerca de 3,5 mil pessoas
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Um protesto organizado pela Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo complicou o trânsito em importantes vias da capital paulista na tarde desta terça-feira. 

A manifestação, que teve início na sede da associação, na avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, interditou uma faixa da via por volta das 14h, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). De acordo a Agência Brasil, com base em informações do comando da corporação, 3,5 mil pessoas participam do ato. 

De acordo com a CET, às 14h55 o grupo se dirigiu em carreata com 20 ônibus para a avenida Prestes Maia, no sentido aeroporto de Congonhas. Às 15h20, o grupo interditou o trânsito na avenida Vinte e Três de Maio, no mesmo sentido.

Segundo a associação, os policiais se concentrarão em frente à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) para pressionar o Legislativo estadual durante votação do aumento salarial concedido à categoria.

Os organizadores do protesto afirmam que PMs de diversas cidades do Estado participam do ato. 

Segundo a associação, os deputados votarão projeto que concede aumento de 7% à categoria, enquanto os PMs pedem reajuste de 15% para este ano e mais 11% em 2014. 

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus. A mobilização surtiu efeito e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas – o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. "Essas vozes precisam ser ouvidas", disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Com informações da Agência Brasil

Fonte: Terra
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