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Policiais prestam depoimento sobre morte da menina Ágatha

PMs chegaram à Delegacia de Homicídios por volta das 15h sem dar declarações. Ágatha foi atingida por um tiro de fuzil nas costas

23 set 2019 - 15h53
(atualizado às 16h00)
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Três policiais militares que participaram da ação que acabou com a morte da menina Ágatha Félix, de apenas 8 anos, chegaram à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) para prestar depoimento. Eles eram esperados às 11h, mas chegaram à delegacia pouco depois das 15h.

Os PMs chegaram em uma viatura da Polícia Militar, mas ao avistarem a imprensa tentaram despistar e embarcaram num táxi, que entrou pelos fundos. Eles não deram nenhuma declaração.

Policiais suspeitos de terem atirado na menina Ágatha Félix de 8 anos, chegam na Divisão de Homicídios no Rio nesta segunda-feira (23), para prestar depoimento.
Policiais suspeitos de terem atirado na menina Ágatha Félix de 8 anos, chegam na Divisão de Homicídios no Rio nesta segunda-feira (23), para prestar depoimento.
Foto: José Lucena / Futura Press

Na sexta à noite, Ágatha estava dentro de uma Kombi no Complexo do Alemão, com a família, quando foi atingida por um disparo de fuzil nas costas. A PM diz que policiais trocaram tiros com bandidos. Já moradores contestam a versão. Segundo eles, os PMs atiraram em homens em uma moto e acabaram acertando a criança.

Polícia Civil e Ministério Público vão apurar se o tiro partiu da arma dos PMs. Só este ano, ao menos 16 crianças foram baleadas na região metropolitana do Rio - cinco morreram, diz a plataforma Fogo Cruzado, que monitora tiroteios.

O governador Wilson Witzel deu uma entrevista coletiva sobre o caso, lamentou a morte, mas defendeu a política de segurança do Estado do Rio.

A morte da menina levou a um embate entre o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Justiça, Sérgio Moro, sobre o pacote anticrime, que prevê punição mais branda a policiais que cometam excessos no combate ao crime.

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