Por contratos, RS tem dificuldades de executar plano de mobilidade

O secretário de Obras do Estado do Rio Grande do Sul, Luis Busato, apresentou nesta terça-feira obras do projeto mobilidade urbana para a região metropolitana de Porto Alegre, que devem reformular e integrar o sistema. A explanação foi feita a empresários da Comissão de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs). Os investimentos são de aproximadamente R$ 5 bilhões para os próximos anos. Nesse bojo, estão incluídas as obras para a implantação do metrô e de duas linhas do aeromóvel em Canoas. 

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Muitos desses projetos devem ser contratados por Regime Diferenciado de Contratações (RCD), que, apesar de dar mais celeridade ao processo, tem provocado problemas em virtude dos projetos incompletos, que não contemplam ou identificam problemas que são encontrados no decorrer da obra. Por conta de dificuldades não detectadas incialmente, muitas empresas desistem dos empreendimentos e rescindam os contratos.

Ao ouvirem as exposições do secretário de Obras do Estado, que falou também de investimentos em barragens, presídios, escolas, saúde e transporte, os empresários levantaram os problemas que estão sendo enfrentados com a adoção da licitação feita por RDC, criado para dar mais celeridade às obras da Copa, mas que acabou sendo autorizado para outros tipos de investimentos.

Orçadas em aproximadamente R$ 560 milhões, as duas novas linhas do aeromóvel em Canoas, que terão recursos vindos do PAC da Mobilidade Urbana, ainda estão em processo quase que embrionário. Por esse motivo, ainda devem levar um tempo para sair do papel, mesmo com o aval da presidente, Dilma Rousseff, durante a inauguração da primeira linha do aeromóvel, que liga o aeroporto ao terminal da Empresa de Trens Urbanos (Trensurb), no início deste mês.

O projeto foi apresentado na semana passada pelo prefeito de Canoas, Jairo Jorge (PT), no Ministério das Cidades. A meta é ligar os bairros Guajuviras e Mathias Velho, em um percurso de 12 quilômetros, na primeira utilização desse sistema para o transporte de massa, com previsão de atendimento de 180 mil pessoas.

No entanto, para o governo do Estado, a aposta é em uma reformulação do transporte metropolitano, com a construção de linhas exclusivas para ônibus, integração entre os sistemas de bilhetagem das diferentes empresas que prestam o serviço nas cidades da região metropolitana e integração com o metrô. No entanto, a formulação de um novo sistema ainda está em fase de discussão e estudo, e os primeiros passos só devem ser dados a partir de 2014.